quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Coisas que acontecem quando chove


Chovia.

Ela pensou se valeria a pena seguir andando na chuva, coisa que ela sempre gostou, ou se parava ali, em frente àquela loja cuja vitrinista devia estar bêbada quando resolveu ir trabalhar, pra esperar um pouco e ver se São Pedro dava uma trégua. Pois apesar de gostar de andar na chuva, isso se tornava um pouco menos agradável quando se está cheia de bolsas de papel.

Resolveu parar, pois apesar do delírio alcoólico em verde neon, o lugar era agradável e esperar ali não seria um martírio.

Então ficou ali, escolhendo suas músicas entre Brandon Flowers e John Mayer, se perguntando o porquê de ter apagado Incubus, Keane e onde diabos estava Pink naquela playlist quando encostaram no seu ombro - não aqueles cutucões nos quais tia velha é especialista – apenas colocaram a mão no seu ombro e pararam com ela ali até ela olhar...

Ela tirou o fone de ouvido e olhou, meio assustada, mas nem tanto.

- Vc tem um cigarro?
- Não. Eu não fumo.
- Ah que bom. Eu também não.
- Então porque me pediu um cigarro?
- Pra saber se você não fumava.
- E...porque?
- Ah, você com esse cabelo curto, calça cargo, tênis de skatista e com fone de ouvido me deu a impressão de que fumava.
- E... Desculpe, sem querer ser grossa. Mas porque isso te interessaria?
- Porque não gosto de mulher que fuma.
- E...
- Bem, gostei de você.

Ela riu. Ele não era bonito, nem feio. Magro, branco. Cabelo cortado e barba feita. O bom e velho cara esquisito que ela sempre achou legal. Poderia voltar a ouvir John, ou ver onde aquilo daria... John entenderia e cantaria pra ela mais tarde de qualquer forma...

- E sua musica tá tão alta que ouvi por uns minutos o que você tá ouvindo. E gostei do que ouvi. Desculpa te interromper no meio de Free Falling.

Ela olhou pro fone, depois pra ele. Pro fone de novo e percebeu que realmente, dava pra ouvir de longe o que ela escutava e logo ficaria surda. Ai olhou pra ele de novo e perguntou:

- Você conhece?
- Eu gosto mais dessa versão do John Mayer do que a do próprio Tom Petty. Mas confesso que adorei ver o Tom Cruise cantando ela em Jerry Maguire.

Ela sorriu em pensamento e viu claramente o porteiro do sistema límbico gritando e batendo palma pra acordar a galera que tava lá dentro, sentadinha sem nada pra fazer “ok, gente... lá vamos nós de novo

- É... Se eu soubesse dirigir, aquilo com certeza seria uma coisa constante em minha vida.

E pensou que talvez fosse por isso que não tinha aprendido a dirigir... Já achavam ela louca o suficiente, sem que ela andasse por ai batendo no volante e gritando uma musica legal.

- Você não dirige?
- Não.
- Quem sabe eu possa te ensinar.

Quem sabe ela ganhe na mega-sena também, quem sabe...

Ela já tinha parado de achar isso fofo no 3º cara que disse isso pra ela...Imagina agora então que era... sei lá... o 26º? E de alguma forma ela continuava sem saber dirigir, dando uma noção do quão aquilo pra ela soava como um "você vem sempre por aqui?". Se arrependeu por ter tirado o fone de ouvido e perguntou:

- Me desculpa, mas você parou aqui no meio da chuva só pra me oferecer aulas de direção?
- Não, pra saber se você gostaria de tomar um café. Eu já estava aqui quando você chegou... Você só não me viu.

Café. Essa pegou na veia. Ela, que era capaz de tomar café na praia debaixo de um sol de 40°C nunca tinha recebido um convite sequer para tomar um café. Achou isso tão filme de Hollywood... Talvez a camiseta preta com um “In Coffee We Trust” em letras garrafais possa ter dado à ele uma dica, mas vai saber...

- Desculpa, mas não saio daqui tão cedo, e quando sair, só quero ir pra casa.
- Agora eu também não poderia.
- Ok, você tem problemas? Primeiro me pergunta se eu fumo querendo que eu não fume, agora pergunta se eu gostaria de tomar um café, sem poder, de fato, ir tomar um café?
- Eu sabia que você não ia aceitar. Mas isso me daria a chance de pedir seu telefone. É que eu trabalho aqui nessa loja...

Fez uma nota mental de tentar um dia entender como funciona o cérebro masculino, com todos esses planos A’s, B’s e Z’s... Mas todas as notas mentais pareceram sem importância diante do pânico que surgiu: Ele podia ser o responsável pelo derrame da vitrine, e se fosse, isso falaria o suficiente sobre ele. O suficiente pra ela sair na chuva, correndo e gritando.

- ...mas não me julgue por essa alegoria bambú hi tech. Eu juro que quase fiz uma camiseta com um "não me culpe por essa vitrine"
- ok, toma meu telefone. Ela disse, enquanto pensava se tinha deixado ele pelo menos terminar a frase...

Porque algumas vezes, só é preciso, gostar de boa musica, te oferecer café e ter senso do ridículo, ela pensou. Com medo das variáveis que pudessem estar passando na cabeça dele.

E também, porque seria a última chance para ela culpar 2010, caso desse tudo errado. "Só podia né? Foi em 2010, aquele ano de bosta"...


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Nota da autora:

2011, seja bem vindo. E veja só que coisa boa, 2010 foi tão ruim que você só precisa não ser ridículo, para ser melhor. Sem grandes expectativas sobre você, então... FAÇA BEM O SEU TRABALHO!!! Grata...



domingo, 19 de dezembro de 2010

Feliz, por ter escolhido você.


"O motivo por que te perdoo é porque você não é perfeita. Você é imperfeita, igual a mim. Todos os seres humanos, são imperfeitos, até mesmo o homem do lado de fora do meu apartamento que joga lixo na rua.

Quando era jovem, eu queria ser outra pessoa qualquer pessoa, menos eu. Dr. Bernard Hazelhof disse que se eu estivesse em uma ilha deserta então eu teria que me acostumar comigo mesmo. Só eu, e os cocos. Ele disse que eu teria que aceitar os meus defeitos e tudo mais, e que nós não escolhemos nossos defeitos. Eles são uma parte de nós e temos de viver com eles.

Podemos no entanto, escolher nossos amigos e estou feliz por ter escolhido você.

Dr. Bernard Hazelhof também disse que a vida de todo mundo, são como calçadas muito longas. Algumas são bem pavimentadas, outras, são como a minha, tem rachaduras,cascas de banana e guimbas de cigarro. Sua calçada é como a minha, mas, provavelmente sem tantas rachaduras. Espero que um dia nossas calçadas se encontrem e poderemos compartilhar uma lata de leite condensado.

Você é minha, melhor amiga. Você é minha, única amiga."

Max Jerry Horowitz

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Conselho


"Ja estava mais do que na hora de falar talvez...

Amor não mantem relacionamento. Pode parecer cético. Mas o que mantem é vontade e trabalho.
Quem tem amor mas tem preguiça, não fica junto 3 meses.

E tudo o que passa por você, passa depois, outra vez.

Talvez seja a hora de pegar esse inconformismo e transformar em vingança. Vingança de ficar bem. A minha começou a dois anos atras, correndo 2 minutos por dia e hoje bate os 16 km (bem, eu ja corri, nao que eu corra de novo).

Tem dias que tudo parece voltar aos 2 minutos...Mas se volta a gente sabe que consegue os 16 km de novo.

E de novo...
E de novo...

Talvez escrevendo vc veja coisas que pensando não tenha noção.

ficadica."

*Um conselho dado em abril. Que hoje, pego de volta. Pra mim.
Não editado, nem nas coincidências, nem nos erros de português.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O que aprendi com Tropa de Elite 2.


Ok, gente. Dessa vez não foi o dia todo traumático. Até porque, a maior parte dele passei dormindo. Se alguém me liga as 6:30 da manhã – depois de eu ter feito bico na noite anterior – pra ir pra puta que pariu do Recreio e Guaratiba, eu até vou à praia, jurando que não faço manha nunca mais na vida, porque algumas pessoas querem te agradar de verdade e rodam 50 km pra ir à praia com você, só pra te levar num lugar que nunca foi antes (fuderosos por sinal)... Mas não é disso que estamos falando né? Estamos falando de mim, em casa, que na falta de um estímulo, prefiro realmente o ar condicionado e o edredon do que o calor dos infernos que tava fazendo sábado.

Mas eu não podia passar o dia todo na cama...Bem, podia. Mas dizem por aí que preciso ser sociável, saber lidar com pessoas, e etc. Essas bobagens que gente sem amigo espalha por aí pra poder receber "bom dia"... Então, pra fazer as vontades da sociedade, chamei meu primo pra ir ao cinema.


Tenho tentado ver Tropa de Elite 2 desde a sua pré estréia. Coisa na qual tenho falhado esplendorosamente. Tinha convite pra pré-estréia. Mas a má noticia veio junto com Wagner Moura, que chegando 5 minutos antes de mim no Santos Dumont, deu a noticia pra Sayo de que ela seria às 10 da manhã de uma quinta-feira. Nem rola, vou pro Leblon beber e dormir até uma da tarde.

Tentei ir com gordo algumas vezes, em uma, a sessão estava esgotada - coisa que ele adorou porque odeia fila - e na outra o lançamento do livro da Martha Medeiros meio que me prendeu na fila por mais tempo do que eu imaginava - coisa que ele odiou porque odeia fila - perdemos a sessão e trocamos o cinema por metade dos sanduiches do McDonalds vendo qualquer filme mesmo.

Desisti, até que meu primo me disse “eu vou com você quando for, me chama, porque quero ver de novo. Da outra vez que eu fui tinha um cara fungando do meu lado e nem prestei atenção.”

Parenteses para explicar um pouco quem é meu primo. Ele é uma pessoa doente. Pra vocês terem noção minha maior diversão é espirrar ao lado dele... Ele sai correndo numa velocidade descomunal. Se enconstamos na manga da camiseta dele ele pede pra encostar na outra “pra ficar tudo igual”. Ele cheira o biscoito de chocolate antes de comer. E sua frase característica é “hein, tá bom, tá bom? Ta bom mesmo? Tá falando sério? Você jura? Tá bom mesmo?” Se referindo a QUALQUER COISA, roupa, carro, sapato, cinto, perfume, corte de cabelo... Podendo trocar o “tá bom?” pelo “não tem problema não?”

Enfim, esse é o meu primo, e é com ele que vou ao cinema.

Fui.

Entrando no carro tive a infeliz idéia de elogiar a camiseta em gola v dele (porque sinceramente, não é qualquer um que fica bem com essa camiseta, você precisa ser magro e/ou de magro pra fortinho, no máximo, ombro largo e tals. E ele tá no magro pra fortinho, mas eu não sou louca de dizer que ele tá magro nunca mais na vida. Da última vez ele me ligou por 3 semanas pra perguntar porque eu achava isso, “não tá bom né? Não tá...Eu to na capa da lacraia...” Nem me atrevi a querer saber o que era a capa da lacraia... Tem coisa que a gente só sorri e acena. ) e ele realmente tava bonito. “Sério? Sério? Tá bom mesmo... E isso eu ouvi da minha casa até o shopping. Com variáveis de “pô to ate com pena de gastar ela pra ir no cinema”.

Ele me deixou na porta do cinema e foi procurar vaga, e ao entrar no cinemark eu vi que a coisa não ia dar muito certo. Sábado. À noite. Nego não vai mais pra motel não? Nunca vi lugar mais cheio na vida, e cheio de gente FEIA. Atrás de mim na fila aquele casal que acabou de se conhecer, ele com cara de peão e ela com FRANJA enroladinha (franja já é tenso, de cabelo cacheado com kolene então é o inferno, convenhamos. Periga pingar da franja e cair no peito sabe? Pode ser devastador), ainda naquele estágio do relacionamento em que a menina finge que aquele anel de 'prata' (meio já descascando aparecendo o plastiquinho) do cara é mó lindão e ele testa pra ver se vai poder comer ela ou não mais tarde “você tem que chegar cedo em casa, né? Não? Ah que bom...” Contabilizando se, com o cinema, vale a pena pagar o motel-não-sei-se-te-como-ou-mato-mosquito e comprar uma pipoca menor ou ficar na Ilha do Boi mesmo e comprar um combo mega...

Eu me distraio do casal amor eterno, amor verdadeiro da fila, quando chega o meu primo , alisando a camiseta “tá bom, tá bom? Ta amassado não?” e pergunta se não é melhor comprar no cartão... A fila tava realmente menor. Mas a ultima vez que fui no cinemark, ainda não aceitava cartão de crédito, e débito é uma realidade so far far away no meu mundo. Mas ele diz que tem, e a gente vai pra fila do cartão. O que não adianta muito pois as pessoas são burras. E auto atendimento em Vitória só vai dar certo quando Deus resolver dar mais um pouco de QI pra nigulim daqui.

Inclusive para o meu primo.

Na nossa vez, de cara com o crime, mais conhecido como poltronas vagas, percebemos que as únicas duas juntas são duas entre aqueles espaços reservados aos cadeirantes. Era perto, era ruim, mas eram as únicas. Pimba D 12 e 13. Ok até a hora de pagar. Ouço alguém verbalizar algo do tipo

- uai, não tem master

-Eu juro que ouvi você dizer “uai não tem master”

-Mas eu disse...Eu nunca comprei assim, achei que tinha...

Eu não sabia se voava no pescoço dele ou me jogava nos braços de algum display. Graças a Deus tinha Visa credito e eu comprei no meu cartão que grita pedindo "pelamordedeus-não-me-use-mais-esse-mês" toda vez que sai da carteira.

Comprados os ingressos, partiu pipoca. Faltando 5 minutos para o filme começar, é querer demais que os atendentes tenham cérebro, ou nem tanto, mas sejam ágeis. Gente, pode me chamar de preconceituosa, mas eu VEJO incompetência na cara das pessoas. Tem gente que não tem chance nenhuma nesse mundo... Nunca teve e nunca vai ter. Gente que fica exatamente 8 minutos pra pegar dois refrigerantes, por exemplo.

Trailer, nem gosto, superestimado entrar no clima de “to no cinema” (Eu sou louca, amo trailer e gosto de ser a primeira a entrar no cinema, me deixa). Entramos com a luz já apagada e ó que legal, tinha gente no nosso lugar... Bem, me disseram que essa coisa de lugar marcado não funciona muito no cinemark ainda. Não vamos criar caso, fomos pras duas cadeiras logo depois (separadas por dois espaços de cadeirantes). Mas chegaram os donos dela e ai sim fomos pedir a nossa de volta. E eu sinceramente ouvi o que nunca imaginei ouvir de alguém são. Era um casal sentado nas duas cadeiras, eu que sou mais pra frente e tava querendo sentar logo, porque precisava me acomodar antes de levantar, ir ao banheiro e voltar pra me acomodar de novo antes do Fofoilo-Nascimento aparecer já fui logo pedindo.

- Voces podem verificar se essas cadeiras são a 12 e 13?

A menina diz:

-Mas onde vê?

Eu já tava me preparando pra dizer que ela precisava se levantar pra verificar na frente do assento, quando o namorado me solta a pergunta mais sensata que já me fizeram

- Essas cadeiras são de cadeirantes. VOCÊS SÃO CADEIRANTES?

Pensei sinceramente em dizer “Ó, eu era, mas encontrei Jesus na bombonière e ele me curou, só que como já tinha comprado meu lugar, ficou meio difícil de trocar”

Felizmente aprendi a não ser irônica. Infelizmente ainda to no meio do caminho de não ser grossa...

- Não somos. Nem vocês. E como nem eu nem você somos acho que quem comprou o lugar fica com ele né? Se algum ACOMPANHANTE de um cadeirante viesse pedir pra trocar comigo, eu trocaria DIBOUA. Mas você apesar de ser acéfalo, sabe andar, então xispa.

Ok, não disse tudo isso, mas metade a gente disse. E ainda chamou de cara de pau alto... Ah, tenho culpa de vida ruim dos outros não, comprou na primeira fila do canto esquerdo, problema seu.

Sentei, levantei, fui ao banheiro. Tudo antes do Pédi-pá-saí aparecer na tela. Curtindo felizona minha coca sem gás (de verdade, amo de verdade) e respondendo sem me irritar se eu tinha lavado a mão antes de pegar a pipoca do meu primo...

Começa o filme.

Cena de ação numero 1.

Meu primo.

- ahhh não é possível, tem alguém fungando do meu lado.

-Cara, do seu lado tem um espaço vazio com uma cadeira de rodas pintada no chão.

- Ah mas é perto, ta ouvindo não.

- Não porque to ouvindo nego gritando.

Passa o filme, ri daqui, ri dali, toma um soco no estômago aqui, outro dali, fiquei por dentro das gírias que já são velhas, quer me fuder me beija, missão dada é missão cumprida, cada cachorro que lamba seu cacete, Curió? Vai cantar o que pra gente? (ok, nessa parte eu ri sozinha e só R. riria comigo provavelmente)

Toda entretida no sentimento de revolta e blábláblá... E em plena tomada do morro do sei lá o quê, com até a vovó de touca dando tiro de fuzil ele me vem:

-não é possível que você não ta ouvindo...Não ouviu agora?

- Ó confesso que esse tiroteio meio que me atrapalhou.

Mas olhei pra trás e vi um cara duas fileiras acima coçando o nariz. Só podia ser ele. E TAVA INCOMODANDO.

E eu juro que o capitão Matias olhou pro meu primo, fez uma cara de “sério mesmo?” e saiu andando... Fazendo um “valeu, jóinha” pro Big Guy quando atiraram nele pelas costas... Porque lidar com isso não é fácil não...

Ele morreu. Eu continuo viva. Mas ir ao cinema ver esse filme, me ensinou que realmente “O sistema é foda parceiro". E sem dúvida nenhuma "tá de pombagirisse comigo”.




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Acabou



Acabou.

E foi assim: comendo salsichão, rindo das besteiras e esquecendo da distância.
Estaríamos em algumas horas separados fisicamente, por um bom tempo. Não choraríamos na despedida, mesmo que não fosse preciso nem fechar a porta do elevador pra saber que dos dois lados as lágrimas cairiam.

É, acabou.

Acabou uma fase. Pra começar uma ainda melhor.

E agora eu não tenho motivo nenhum mais para ficar. Só me sobra um pouco de juízo. Mas pressinto que ele logo logo, acabará. Esse sim, de verdade.

Sr. Schwarzenegger, cuide bem dos meus chubbys.



sexta-feira, 12 de novembro de 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Verde bebê.


O dia até começa bem. Recebo uma ligação do Rio perguntando se eu não tinha esquecido de ninguém, porque na verdade, eu não paguei minha conta de celular ainda e meu telefone foi cortado. Acaba que a pobreza vira charme e eu vi que a pessoa até sentiu falta de eu não ter ligado no fim de semana.
Ligo pra Tim e sou atendida por alguém com cérebro que resolve o meu problema em 20 minutos.
A partir daí eu já começo a desconfiar que o dia vai começar a descambar, porque né?
Não tem chance do meu dia dar certo. Não no ES. Não em Vitória. Não na Praia do Canto.
Lógico que hoje eu teria que ir ao banco, e lá fui eu. Hora do almoço, hora em que todos os velhos que ficam sem fazer nada o dia inteiro resolvem que é a melhor hora para transferir 10 reais pro netinho em Bragança Paulista e demorar 20 minutos pra conseguir dizer isso para o caixa. Sim, eu odeio velho em banco na hora do almoço. Mas o que eu odeio mais é gente que reclama de velho no banco. Porque eles poderiam ir num outro horário, ok. Mas é direito deles, foda-se (no caso a gente, eu especificamente, sempre me fudendo).
Uma senhora atletinha as vésperas de ser preferencial também me solta essa:

- Deveria ser assim: um atendimento preferencial, um normal, um preferencial...

Ah, serio? Só pode ser despeito porque faltam 6 meses pra ela poder pegar a senha dos velhos...Eu que já tinha parado de fingir que ouvia Joni Mitchell, não consegui me segurar...

- É né, mas a senhora imagina o tanto de fila que ele já enfrentou na vida? Daqui uns anos vai ser a senhora, e quando for a senhora, não vai querer intercalar né?
- Lógico que não, olha só o tanto que to esperando.
- Pois é, aposto que aquela senhorinha que nem anda direito, pensou exatamente o que a senhora ta pensando, por pelo menos uns 30 anos.

Mas sabe como é comoção em revolta né? Do nada, aparece uma menina que sem vergonha alguma diz:

- É por isso que eu sempre entro na fila de gestante.
- Oi?
- Senão eu nunca sou atendida.
- Ah é sim, pode apostar que é.

E falando com a senhora do lado

- Viu? Por isso, que demora tanto, se preferencial fosse só preferencial né? Mas enquanto quem não é preferencial quer ser, a gente espera e coloca culpa nos velhos.

Vi a menina gordinha vir pra cima de mim, mas nessa hora eu fui chamada e fiz o que eu tinha que fazer, enquanto as duas tentavam ouvir meu nome completo pra colocar na boca do sapo.

Volto pra casa louca pra almoçar, descubro que só tem comida pro irmãozinho querido do esse dois, tomo um chá verde bufando de raiva e vou trabalhar. Lógico que nada dá certo, e nem 18 horas dá.

Provavelmente lá pelas 11 da noite dá 18 horas e eu posso sair correndo pela rua gritando de bracinhos pra cima.

Mas preciso lavar roupa. Coloco uma blusa branca com uma verde. Erro de iniciante (sou iniciante há uns 10 anos, confesso). Agora tenho duas lindas blusas verdes.

Pra comemorar a blusa nova, saio com o cão. Aproveito pra ligar para o Rio, porque meu quarto tem paredes de papel e privacidade é algo superestimado na minha casa.

- ói que legal já to podendo ligar, e ói que legal, lembrei de você agora...
- porquê?
- lavei roupa.
Você sabe que tem algo de minimamente errado numa relação quando você lembra da outra pessoa quando vai lavar roupa e logo em seguida tem que desligar porque seu cão fez poops. (nota para mim: aprender a ligar para as pessoas quando não preciso interromper dizendo que tenho que pegar a caca do cão)

Continuo andando e dou de cara com o Robert Pattinson. Juro. Paradinho na minha frente.
Um display do filme “Remember me” da minha altura.

Ligo pra minha sobrinha:
- Nanna, vi o Edward agora, quer que eu leve pra você?
- Oiiii? Sério???
- Uhum, ali na frente da locadora, ta lá paradinho...Um display, cato pra você. Quer?
- Ai Marcella, já passei dessa fase.
- Graças a Deus, porque eu nunca tive a fase do “passo vergonha roubando display”. (talvez aquele do marley & eu, mas só)

Ligo pra Talita, pra saber se ela quer que eu fique de guarda enquanto ela vem de Vila Velha pra pegar o tal display pra irmã dela, mas lógico que ela tem uma idéia melhor:
- Faz o seguinte: pega, coloca em cima de Simba e finge que você ta passeando de mãos dadas com ele...
Ok, preciso arrumar amigos novos.

No fim do passeio uma mulher grita de dentro de um carro, de um jeito que eu jurava que ela me conhecia. Ou conhecia Simba, visto que ele conhece mais gente nesse bairro do que eu, que só moro aqui desde que nasci.
É claro que ela não me conhecia, mas surpreendente era ela não conhecer Simba também... Saiu ela e o cara que tava com ela de dentro do carro pra falar mal do meu cão.
- Gordinho ele né?
- Não.
- Ah ele é labrador com o quê?
- Labrador. Labrador com labrador. Puro, com pedigree, provavelmente melhor que o seu inclusive. (ok, o insulto eu só pensei)
- Ele tem a cabeça grande né?

Até Simba nessa hora se irritou e pulou em mim pedindo “pelo amor de Deus, vamos embora daqui que eu não agüento mais ser tão insultado”
O cara percebendo o quanto a pessoa que estava com ele era sem noção tentou remediar falando que ele era forte.

Lógico que é! Ó só o tamanho do peito desse cachorro! Gordo é o seu rabo moça. Tá vendo a parte traseira dele? Ta vendo que ali ele não tá gordo? Ele é FORTE. Odeio esse povo que não sabe ver quando o cachorro ta gordo ou não...Ok, ele tá meio gordim... Mas ela não pode falar isso.

-Vou embora que ele não gosta de gente.
Eu também não, mas eu não posso ignorar pessoas enquanto faço xixi no poste.

Estava a um quarteirão de casa e nada mais poderia dar errado.

Não deu.

Eu tinha que primeiro chegar em casa...
Minha mãe chorando... Achei que ela tinha roubado a linguiça guanabara do meu pai, de novo e se arrependido, de novo... Mas não. Era pior. Tinha acabado de voltar do hospital (eu sinceramente não reparei que, quando sai, não tinha ninguém em casa)

- Que foi mãe?
- Quebreeeei a costeeela.
- Meu Deus do céu!!!! Como mãe?
- Ai minha filha... Fui pegar o controle remoto do ar condicionado pra desligar no meio da noite, calculei mal a distância da escrivaninha e cai da cama.

Cara, pode dizer que sou uma péssima filha, provavelmente sou mesmo. Mas chorei de rir.

Nem tão má filha assim, porque fiz ela parar de chorar pra rir de mim, rindo dela.

Ficou tão empolgada que até disse.

- Ó o olho ficou roxo tb, ó...huashauhsauhsa
Toda orgulhosa do hematoma.
E eu toda orgulhosa de Mom.

Ainda mais quando ela disse:
- Linda aquela sua blusa verde bebê que ta secando. Nova ela?

Eu só olho pra cima e digo:

“Ce tá de sacanagem né Grandão?”

Só pode...


domingo, 7 de novembro de 2010

Just like Groseries


Eu tenho um amigo famoso pelas suas meias palavras. Ele é um cara sincero, mas às vezes se esquece um pouco de que ser sincero não é desculpa para ser cruel , e acha que suas ‘tiradas sensacionais’ realmente servem para alguma coisa (umas sim, outras não). Provavelmente pensa nelas enquanto espera alguma onda, ou entre uma fuga ou outra de um relacionamento que ele não vai ter por medo de se comprometer.

Somos como água e vinho. Enquanto eu me entrego de corpo e alma em cada relacionamento fadado ao facasso, ele nem tenta, por medo de dar errado. "Vocês eram amigos, agora, nem isso. Não era melhor ser só amigo? Não deviam ter se envolvido". Não, não era, porque se fossemos só amigos, eu não teria vivido o que eu vivi, e apesar de ter acabado, prefiro, do que me conformar em só ser amiga pra sempre sem sentir o que eu senti.

Enquanto eu sofro a cada 2 semanas, ele passa e julga o mundo sem nunca fazer parte dele.

Enquanto eu sangro quase todo dia, o coração dele continua intacto. Ele tem medo de tentar, eu tenho medo de morrer sem ter tentado.

Enquanto eu sou passional até o extremo, de me arrepender segundos depois de algo que eu fiz por não pensar. Ele pensa, até demais.

Vai saber porque a gente ainda é amigo... Talvez justamente por isso...

Outro dia tivemos uma discussão por isso. Mais uma vez ele me veio com essas meias palavras, as quais, lógico, eu não entendi, porque meias palavras dão margem a - pelo menos - 468 interpretações, e eu fiquei louca. Ele lógico, no fim só respondeu. “Concordo, e te amo também”. Coisas que um Coala faria...

Mas depois me pediu para ver um filme, e pensar que em certo diálogo fosse ele falando comigo.

O filme era Comer, Rezar e Amar, e o diálogo era esse:


- Eu sei que se sente péssima. Mas sua vida está mudando. Isso não é ruim. Você está no lugar perfeito para isso, cercada de graça...

- Eu pensei que tinha superado ele. Mas eu o amo.

- Grande coisa. Então você se apaixonou por alguém...

- Eu realmente sinto falta dele...

- Então sinta falta dele. Mande a ele luz e amor sempre que pensar nele e pronto.
Se você pudesse abrir a cabeça e liberar todo esse espaço que usa para se obcecar por esse cara e seu casamento fracassado, você teria um vácuo com uma porta. E sabe o que o universo faria com essa porta? Entraria. Te encheria com mais amor do que você jamais sonhou. ‘Groseries’, acho que você tem a capacidade de algum dia amar o mundo todo.


No fim, além de entender exatamente o que ele quis me dizer - mas como sempre, não consegiuiu em duas palavras - eu percebi que só queria que ele na vida real, fosse capaz de conversar assim, diretamente. Não por metáforas ou meias palavras. Seria tão mais simples.... Quem sabe um dia ele aprenda. Ou eu aprenda...

Mas de qualquer forma, achei legal da parte dele, mesmo sem saber dizer, achar uma forma para que eu entendesse, que tudo o que eu preciso é me deixar encher de outras coisas boas, e dele achar que algum dia eu possa amar o mundo todo. Talvez eu realmente possa...

sábado, 6 de novembro de 2010

O que tem que ser nosso.


"O que tem que ser nosso, mesmo que vá embora um dia volta!!!"

Isso tem me incomodado por esses dias. Volta mesmo?
Aquele cachorrinho que você tinha aos 8 anos e fugiu sem querer, será que ele não voltou porque não tinha que ser seu? Mesmo?
Será que ele não quis a todo custo voltar, mas se perdeu por ruas que não conhecia deu a sorte de encontrar um outro dono que talvez não amasse tanto quanto amava você, mas como cuidava dele com carinho, por ali ficou, se esquecendo aos poucos de você e aprendendo a ser feliz com aquela pessoa que o tratava tão bem?
E só porque ele não voltou é porque ele não tinha que ser seu????
Meio comodista isso, até pra mim, que prezo pelo menor esforço em tudo na vida.
E se ele não voltou por medo de não te achar mais ali, ou porque não sabia que era seu, ou porque também está lá esperando você voltar?
Se foi embora e você ainda quer, corra atrás, e se não achar não fique a vida toda esperando, porque ela também vai embora, e essa com CERTEZA não volta, apesar de ser todinha sua.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

aprendizado

e por mais que eu fale, continua cometendo os mesmos erros.
sempre.
dia após dia.
agora eu posso parar de falar e só assistir.
e lamentar pelo tempo desperdiçado.
pq ele sim - meu tempo - vale muito.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O novo "vomitando": Fofo. Como sempre...


Alguns podem estranhar o novo leiauthy do blog.
Primeiro: Foda-se, o blog é nosso e a gente faz o que quer.
Segundo: ok, vou explicar.

Um blog chamado vomitando desaforo, bem condiz com um tema meio sórdido. Mas poxa, a gente não é assim...

Eu sou uma pessoa grossa, que diz as coisas sem pensar, mas sou também super mulherzinha, que adoro rosa, algodão doce, andar de mãos dadas e derreto com um carinho no pescoço...

R. é uma metralhadora de sinceridades, tem o melhor repertório de insultos do mundo, mas é capaz de dizer romantismos do tipo “comprei um sifão pra nós dois” ao marido, quando eles estavam reformando o apartamento e dá a ele o toquinho do corneto.

Ou seja, samo fofa.

Samo sim.

Então, pra todos os que estranharam a fofoilice: Foda-se, de novo. É o que nóis semo.

A gente não semo da rái soçaiti, mas fofura, nóis isbanja.

domingo, 24 de outubro de 2010

Dave Matthews and I

Eu tenho um caso de amor com Dave Matthews, todo mundo sabe disso. Não me importo de quase ninguém saber quem ele é... Alias fico até contente. Pois eu tenho uns ciúmes estranhos, não gosto que todo mundo goste das coisas que eu gosto...(Tipo ele, John Mayer, Keane, algodão-doce e coca cola sem gás.) Eu amo o polegar dele (eu tenho uma tara por polegares, que eu não sei explicar, e o dele é a personificação do meu polegar perfeito), amo o jeito de autista dele falar, amo a gengiva mais escurinha no último dente do lado esquerdo que ele tem (provável que seja tártaro, mas o que importa é que eu vi!), o jeito que ele dá os agudos dele e a boquinha dele fica torta pra baixo e, é claro, as músicas dele...
Mas é engraçado como nos apaixonamos por algumas coisas, e só me dei conta quando outro dia me perguntaram como eu conheci a banda.
Eu tinha um amigo, que era um amigo muito pessoa, que odiava ser chamado de bonzinho, apesar de ser o cara mais bonzinho que eu conheci na vida, mas que era um cara, after all. Mas era bonzinho no limite com que um cara, sendo homem, consegue ser.
E eu sempre tive o mau costume de prestar atenção no que as pessoas falam, assim fico sabendo do que elas gostam. E ele no meio de uma conversa disse que gostava de Dave Matthews. Eu nunca tinha ouvido falar. Mas meu amigo amava “I did it” e eu fui procurar saber quem era esse cara que cantava essa música. Não achei a musica que ele tanto gostava lá essas coisas, mas me apaixonei por “Say Goodbye”, entre outras...
Hoje sinto falta desse meu amigo, porque a vida, a geografia - ou meus atos insanos - nos separaram. Mas como diz Antoine Saint-Exupery “Aqueles que passam por nós, não vão sós não nos deixam sós, deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”, ele deixou de si o gosto por Dave Matthews, e eu agradeço eternamente por isso.


...E agora já posso morrer, pois vi – boquiaberta - 3 horas do show mais fuderoso da minha vida.

(Mentira, posso morrer não, tenho que ver o do John Mayer e o do Keane ainda)


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

22/10

ainda acharemos nosso banco.

nem que eu tenha de comprar um e te dar de presente de aniversário.

(não, não foi isso que eu comprei. afinal ainda temos uns 50 anos pra arrumar um banco)


parabéns, m.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sanidade: uma dádiva ou genética?

Que minha familia é louca todo mundo sabe.
Mas dentre meus familiares, nutro uma especial admiração pelo meu pai.
Explico: Ele é um senhor de 76 anos de idade, que tem orkut com o melhor perfil evah, tem comunidade no orkut (afinal "seu zé é o cara"), facebook, manda os melhores e mails do mundo, do tipo "Frase do dia: opinião é como bunda, todo mundo tem, dá quem quer" e assina como Daddy (quando manda só pra mim, logico. Do tipo: Miloca, salgadinho seu cartão esse mês hein, ainda bem que vc é das filhas que me pagam, senão tava ferrado...ass; Daddy).
Ele é meio como eu. Complexo de Edipo explica. Ou não.
Não tem saco em ser sociável, se ele fala é porque gosta de você (o problema do meu pai é que ele - ao contrário de mim - gosta de qualquer pessoa), se tá afim de dançar assererrê na formatura da filha, dança. Fala na cara ("gostou Seu Zé?", "hum, não...tá uma bosta") e fala mil vezes a mesma história, porque não lembra mesmo. Adora cachorro. Lembro de uma vez, quando achei uma cachorrinha na rua e levei pra casa, minha mãe achou uma pessoa pra ficar com ela e dias depois, enquanto ele passava uma camisa (afinal a passadeira é uma amadora) resmungava sozinho. Eu achei estranho e perguntei o que era. "Nada não, só to lembrando da Aparecida Vitória (nome composto pra cachorro é o que há de sensato), não me conformo de sua mãe ter dado ela, não fazia mal a ninguém tadinha".
Tem problemas de localização geográfica. Viagem de férias, destino: Buenos Aires e Bariloche. Faltando duas semanas ele me solta no almoço de domingo:
- Miloca, me lembra de comprar uma sunga
- Oi? Posso saber pra quê, dad?
- Uai, pra viagem...
- Oi? Pai, Bariloche, neve, tipo...pra quê mesmo uma sunga?
- Uai gente, né pra praia que a gente vai não??

Ok que cogitou-se Ilhas Canárias e tals, mas realmente não verificar pra onde se está comprando a passagem é uma coisa bem "Seu Zé" de fazer... Acabou não indo e disse que não foi porque ficou com medo da gripe suina... Mas eu bem sei a decepção que ele teve ao saber que não usaria o Banana Boat que ele tinha comprado...

Não preciso dizer que meu sobrinho se engasgou com a coca-cola e minha irmã ficou esperando o "brinks berê" em algum momento...coisa que não veio, porque ele tava falando sério.

Bem, esse é meu pai. E essas são algumas de suas histórias.
Mas a última realmente foi uma lição de vida.

Breve explicação: eu sou dependente do cartão dele, o que significa que ele bem fica sabendo onde eu gasto meu salário. Na última fatura, fiz uma compra numa loja cuja razão social é SEM NOME. Ok, deveria escolher melhor onde compro lingerie e juro não voltar mais no centro da cidade. Mas enfim, uma compra de sei lá uns 100 reais. Ele viu, e segue o dialogo que nunca imaginei ter com meu pai:

- Minha filha, pelo amor de Deus, você anda pagando motel pra malandro? (eu juro que ele falou isso, 'motel pra malandro')
- O QUÊ, PAI ???
- Po, minha filha, uma compra num lugar SEM NOME, só pode ser motel!
- Pai, olha bem pra minha cara...Tenho cara de quem fica pagando coisa pra homem por ai?
- ...
- Ok, pai...tenho né? Mas depois o ultimo grande calote eu aprendi juro!!! (after all, comprar um ingresso para o ex no seu cartão porque ele te fez desistir de ir no SWU para ir para o Rio e ele não pagar, não é calote. Depois que eu dei o ingresso pra outra pessoa, deixou de ser mesmo...enfim. Entre ganhos e perdas tô super no lucro de ter ido realmente para o Rio, e Dave Matthews apagou quaisquer resquícios de rancor que havia em mim... Bem, o resto do fim de semana ajudou bastante, confesso.) E EU lA LÁ PAGAR MOTEL EM DUAS VEZES??? (tipo, pagar o motel E AINDA DIVIDIR, é querer que a foda seja muito bem lembrada né?)

Agradeci a Deus por ele trabalhar perto da tal loja e lembrar que ela existia.

- Nossa minha filha, que alívio. Pagar o estrago feito a gente paga, são coisas que acontecem, até porque não foi culpa sua... Bem, foi. Por ter escolhido mal pra cacete. Mas você já é das que leva calote, não seja das que paga o motel....
E completou baixinho...

- Porque o dia que a mulher paga motel, é fim de carreira.
E deu uma risadinha.


Lições que ele me passa, e ninguém vai me tirar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Soul Sister


Se um dia me perguntarem o que é Amor, eu só precisarei mostrar uma imagem.



Poucas pessoas tem a sorte de encontrar sua alma gêmea. A minha eu encontrei, aos 8 anos de idade.

Parabéns Rê.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Era uma vez...

Era uma vez uma menina que estava puta da vida e resolveu fazer um blog. E tinha uma amiga que resolveu que isso não seria só uma idéia e fez o blog de fato.

Depois de um tempo, uma outra menina descobriu o blog e resolveu comentar, e essa menina tinha um amigo que viu algum comentario e resolveu comentar também.

Depois disso eles se descobriram nos respectivos blogs, comentavam, retrucavam, faziam terapia em forma de comentários.

Mas esses amigos que só apareciam nos comentários moravam um pouco longe, e a menina achou que seriam pra sempre só amigos de comentários...

Até que um dia, graças a uma conexão meio demorada, eles deixaram de ser amigos que só apareciam nos comentários e apareceram no aeroporto de Campinas também...

...e ainda levaram uma porquinha rosa de presente.

*Nubia e Marcio: obrigada pelo "cafezinho" mais divertido de todos os tempos!!!! E por não desistirem de me achar enquanto eu me escondia no aeroporto...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Viajar, essa coisa estranha...

Viajar é uma coisa estranha. Eu planejo, vejo, revejo, me empolgo. Mas nas vésperas eu fico meio desanimada. É sempre assim. Não sei se é o fato de ter que fazer a mala, o que me irrita um pouco (só não irrita mais que desfazer), ou sei lá...

Fato é que na véspera de qualquer viagem as pessoas chegam falando "e ai, animada?" bem, não... Nunca tô animadona, e não é questão do lugar, não sei o que é mesmo. Quando chego é outra coisa, me divirto horrores e tals. Eu acho realmente que me divirto mais com o planejamento das coisas, execução dos detalhes e etc...

Ontem por exemplo tava animadissima embrulhando umas lembrancinhas que ficarão em Campinas (se alguém aparecer né?rsrsrs), mas sei lá...

Gosto de viajem curta, daquelas que não preciso pensar demais, jogo umas coisas na mochila e prontocabô.

Ou eu talvez esteja assim porque eu só queria voltar e saber que estão todos aqui ainda, no mesmo lugarzinho, mesmo que por pouco tempo, mas que estejam. Não sei se estarão...


Arrumar mala me deprime.


Volto dia 11, ou 14, ou 17. (vai saber...)




sábado, 25 de setembro de 2010

Falar

Hoje, em uma livraria, antes da primeira sessão dupla de cinema e depois da primeira ligação da sexta, para matar o tempo e parar de repassar palavras ouvidas, comecei a folhear um livro... Vários, até que parei em um da Martha Medeiros e dei de cara com isso:

"Falar

Já fui de esconder o que sentia, e sofri com isso. Hoje não escondo nada do que sinto e penso, e às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde, o silêncio a fim de manter o poder num relacionamento.
Assisti ao filme Mentiras Sinceras com uma pontinha de decepção - os comentários haviam sido ótimos, porém a contenção inglesa do filme me irritou um pouco -mas, nos momentos finais, uma cena aparentemente simples redimiu minha frustração.
Embaixo de um guarda-chuva, numa noite fria e molhada, um homem diz para uma mulher o que ela sempre precisou ouvir. E eu pensei: como é fácil libertar uma pessoa de seus fantasmas e, libertando-a, abrir uma possibilidade de tê-la de volta, mais inteira.
Falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus. E não é este tipo de nudez que nos atrai.
Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente se sabe.
Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados. Tão banal, não?
E no entanto esta banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras. Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ele é - ou foi - importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente.
A maioria das relações - entre amantes, entre pais e filhos, e mesmo entre amigos - ampara-se em mentiras parciais e verdades pela metade. Podem-se passar anos ao lado de alguém falando coisas inteligentíssimas, citando poemas, esbanjando presença de espírito, sem alcançar a delicadeza de uma declaração genuína e libertadora: dar ao outro uma certeza e, com a certeza, a liberdade. Parece que só conseguiremos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial. E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil.
Em vez de uma vida a dois, passa-se a ter uma sobrevida a dois. Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós - e este ‘a nós’ inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somos sádicos e avaros ao economizar nossos 'eu te perdôo', 'eu te compreendo', 'eu te aceito como és' e o nosso mais profundo 'eu te amo' - não o 'eu te amo' dito às pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o 'eu te amo' que significa: 'seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo'.
Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas."

Então voltei a repassar as palavras, ditas. Feliz por elas terem apagado o silêncio que havia em mim.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

big smile












When you see my face,
Hope it gives you hell, hope it gives you hell.

When you walk my way,
Hope it gives you hell, hope it gives you hell.

When you hear this song,
And you sing along
Oh, you'll never tell.

Then you're the fool
I'm just as well
Hope it gives you hell.

When you hear this song
I hope that it will give you hell.

You can sing along
I hope that it puts you through hell.



(And truth be told, I miss you. And truth be told, I'm lying!!!)

pela manhã

ligar pc
logar no msn
checar emails
responder emails
dar uma olhada nas principais notícias
rir da inteligência alheia no orkut
e ISSO

pq todo mundo precisa de uma meta.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Brincos...

- Hoje você está com brincos...
- É. Coloquei porque você reparou que ontem eu estava sem.
- Eu reparei porque você sem brincos e com calça jeans estava mais feminina que as de saia curta e penduricalhos.
- ...
- Porque você não sai sem seus olhos.

sábado, 18 de setembro de 2010

back

pra quem já estava comemorando o fim do nosso blog, dois recados:

1. o vomitando está de volta.

2. SE FUDEU!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Le fabuleux destin...

"Ma petite Amélie, vous n'avez pas des os en verre. Vous pouvez vous cogner à la vraie vie. Si vous laissez passer cette chance, alors avec le temps, c'est votre coeur qui va devenir aussi sec et cassant que mon squelette. Alors, allez-y, nom d'un chien!"
(l'homme de verre)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Impulsiva.

- Você é muito impetuosa. Tinha que ter escrito no word relido e depois enviado.
- E você é obssessiva.
- Você é muito impulsiva.
- E você é obssessiva
- ...
- Ai grazadeus, consegui remendar.
... putz, o remendo foi com erro também. Que bosta.
- Você é muito impulsiva.
- Sabe...Cheguei a uma conclusão.
- Hum
- Sou muito impulsiva.
- husahuahuahsa Porra, demorou pra perceber.
-'Xa eu completar? Então, sou impulsiva, mas se eu penso demais faço bosta do mesmo jeito. Ou seja, não tenho salvação.
- É. Você é muito impulsiva.
- É. Por isso que nunca mais vou fazer comentários em sites de corrida que não podem ser apagados.
- É. Você é muito impulsiva.





domingo, 22 de agosto de 2010

Cabelos Brancos

Ela estava deitada no colo dele toda encolhidinha, numa posição quase fetal, enquanto ele via um jogo qualquer do campeonato inglês, reclamando que os jogos de ontem tiveram muitos gols e esse, só porque ele estava assistindo, ainda estava um a um.
- Para quem estamos torcendo? Perguntou ela.
- Pro Manchester
- Eles são o de branco? - Ela até gostava de futebol, mas não ao ponto de saber a cor do uniforme do Manchester... E na cabeça dela, o branco era uma boa cor para um nome como Manchester.
- Não, os de vermelho.
- Ah tá, então estava torcendo pro time errado...
E começou a torcer para o time certo.
E ele fez um "pfff" como sempre fazia quando ela falava alguma besteira.
Ficaram vendo o jogo em silêncio.
- viu como eu estou cheia de cabelos brancos?
- uhum
- tira pra mim?
- todos?!?
- ah não tem tanto assim, vai...

Ele então começou a procurar os benditos dos cabelos brancos. Ela sabia, todo mundo dizia, não se pode arrancar os cabelos brancos, porque nasce mais.

Mas ela sabia também que essa era uma das poucas formas dele fazer cafuné nela...Eles sempre faziam isso. Ela dizia que tinha um monte, e ele sempre ia checar...E ela pedia pra arrancar... E eles ficavam ali... Por no máximo 5 minutos, mas ficavam.

E se para ter isso fosse preciso nascer cabelos bancos, ela não se importaria de ficar totalmente grisalha, aos 30.


(*para Digo: meu sobrinho que ama tirar meus cabelos brancos. )


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Bolinhas...

Eu tenho uma doença, alergia, sei lá o nome da coisa, fui em vários dermatologistas e eles dizem que não tem jeito, eu sou assim mesmo... Meus poros sentem calor, e puf, dá bolinha.
Mas tá um frio dos infernos e eu estou cheia de bolinha. Lembrei que os meus poros podem ficar com calor enquanto eu não morro de hiportemia tomando banho a 287º C... É deve ser isso...
Ou seja, não tem jeito mesmo. No verão meus poros sentem calor porque né? Ta quente pra cacete. E no frio eles sentem calor quando eu tomo banho quente pra nao ter partes do corpo gangrenadas...

Paradoxal ram...

(Problemas dermatológicos me perturbam demasiadamente)

E nessas horas eu agradeço por nunca ter me comprometido a fazer sentido nesse blog. Porque cansei de escrever no meio do texto, mas queria dividir um momento super questão de pele com vocês, sabe?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Planos...

Eu tenho uma mania. Várias, ok. Mas uma delas é procurar o significado de coisas óbvias no dicionário. Para saber como o Aurélio define as coisas. Na casa dos meus pais tem aquele grandão, às vezes fico horas vendo o significado das palavras. É, eu sou uma pessoa que se diverte com basicamente qualquer coisa mesmo. Outro dia procurei o significado de “amor” e confesso que nesse verbete até ele se embaralhou. Ódio ele sabia bem.

Hoje eu fui procurar “Planos”, que é o que eu ando fazendo desde sempre, mas poucos deles se tornaram “Realizações”.

Lembrei de uma conversa que eu tive com meu gêmulo. esse gêmulo aqui


G - Quando eu for só te aviso assim... to chegando ai tal hora., arruma a diversão q vamos sair kkk

M - nossa, eu vou estar te esperando no aeroporto com uma caixa de ice na mao e batendo palminha

G - uhuuuuuull eeeeeeeee \o/ .. dai cê faz uma coisa.. q eu acho maior legal. faz faz faz ?

M - faço. o q?

G - fica segurando uma plaquinha... escrito gemulo xD

M - só se eu puder colocar um coração!

G - podeeee

M - oo-baaa

G - eeeeeeeee, então ja estamos combinados

M - combinados a gente tá ha anos

G - hashsuhsushhasuhsausasushsau sahusausahshsau verdade, a gente combina desde sempre neh kkk... vê o ‘lado bao’... não desistimos ainda.



E talvez plano seja só aquilo que a gente precise, pra não desistir nunca. Nem que seja o plano de um dia abraçar de verdade uma pessoa que já conhecemos ha tanto tempo, e que mesmo sem estar ao lado, consegue estar perto sempre que precisamos.


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nietzsche me diz...

aforismo 221 - Além do bem e do mal

"Assim pensa meu bonhomme e pedante moral: não mereceria talvez nossas risadas, exortando assim as morais à moralidade? Mas não se deve ter razão demais, quando se quer ter os que riem do seu lado; um pouco de falta de razão faz parte inclusive do bom gosto."


Quando chego em casa e procuro Nietzsche para me fazer dormir, ele me diz: "sim menina, você não está de todo errada..."

E durmo feliz. Com pouca razão, um certo bom gosto e - arrisco dizer - algum bom senso.

Boa noite.




quinta-feira, 29 de julho de 2010

Entre um sorriso e um olhar

Ainda não tinha amanhecido, e chovia. Ela balançava displicente o pé, aquele, que insistia em ficar descoberto. Ela, que sempre foi de extremos, lembrou que esse entre-noite-e-dia era um dos poucos meio-termos que gostava, e gostava bastante. Pena que, em quase todos, ela dormia.
Hoje não. Hoje era um dia perfeito. Porque ela olhava para o lado e o via dormindo. E ele mesmo sem saber, a protegia.
Ele a protegia, quando entendia as suas brincadeiras de criança. Como correr no meio da casa e pular no colo dele gritando "me segura", só para ver se ele não a deixaria cair. E ele não deixaria. Nunca deixou. E mesmo quando ela não sabia, ele sempre soube.
Ele a protegia, quando a via cantarolando de toalha e aceitava seu convite para uma contradança, ali, entre o escolher uma camisa e colocar o perfume para sair.
Ele a protegia quando, deitado na rede, estendia a mão, dizendo para ela que estava ali.
Ele a protegia, quando a fazia derreter ao 'fuçar' o pescoço dela, porque sabia que ela gostava.
Ele a protegia quando dizia que a pantufa de tigre dela era sexy, mesmo querendo dizer o contrário, porque na verdade ele só queria fazê-la sorrir. E fazia.
Ele a protegia, quando a obrigava a ir ao médico, porque se preocupava com a saúde dela mais do que ela mesma.
E ela percebeu que ela também o protegia.
Ela o protegia quando fazia carinho na nuca dele, enquanto ele dirigia.
Ela o protegia, quando deitava com ele na rede, mesmo ficando desconfortável, porque sabia que ele gostava dali.
Ela o protegia, sendo a pior companheira de compra de supermercado, porque era chata e não o deixava comprar coisas legais, trocando tudo por granola e laranja (e biscoito de morango).
Ela o protegia quando, sem motivo, esquecia a mão no rosto dele, num afago.
Ela o protegia, quando procurava com a mão, um pedaço dele pra enconstar, antes de dormir. Mesmo que fosse só a barra da camisa.

Eles se protegiam, em cada pequena coisa que faziam, ou que deixavam de fazer. Não porque foram feitos um para o outro. Nem porque precisavam um do outro. Mas porque queriam.

Ela, que ainda observava ele dormir, ouviu que ainda chovia, mas já começava a amanhecer. Não queria que tudo passasse, só queria que ele soubesse, e com a ponta do dedo ficou apertando o nariz dele, para ele despertar. E ele ao acordar, ao invés de ficar bravo, só disse "bom dia" com o olhar, e tudo que ela precisou foi responder "eu te amo" em um sorriso.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Assless Chick Franchise

- Xú, como se fiz "franquia do pintinho sem cú", em inglês?

- pinto pinto? o bicho?

- é ne Xú... Pinto pau nao tem cú.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Entre aspas e livros...

Não sou de citações, eu sou uma pessoa de livro inteiro.

Eu desconfio do que leio, principalmente se não tem no fim, o número da página, edição e editora, mesmo se acho bonito, ou justamente por isso, e procuro saber se foi aquela pessoa mesmo que escreveu. Pode ser chatice, mas pra mim é não ser injusta. Não saio por ai propagando que "Solidão" é de Chico Buarque, sem procurar saber se é, e não é. Na verdade não acredito em quase nada que leio na internet. Uma frase em um livro homenageando Clarice Lispector tinha "sei que não começamos pelo começo, já era amor antes de ser", basta o livro se chamar Claricianas, para, na internet, a frase ser dela. Outro dia li um suposto poema de Fernando Pessoa "Encerrando ciclos" eu acho... onde dizia que precisávamos saber quando uma etapa chega ao final. Tinha a seguinte frase: "Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é." Apesar de bonito, no mundo que Fernando Pessoa escreveu "sacuda a poeira" eu sou a modelo mais bem paga do planeta aos 30 anos. Não precisou de muitos cliques, para saber que na verdade esse texto é de uma psicóloga colombiana, Sonia Hurtado. E ter lido, de verdade, um livro dele, pra saber que ele nunca escreveria dessa forma.

Escritores e poetas tem assinaturas em cada palavra. E as pessoas deveriam ter discernimento.

Basta ler de verdade para saber. E embora eu goste muito da vida online, nenhuma citação vai suprir a minha vontade de rabiscar um livro, de ler o fim dele antes pra não correr o perigo de morrer antes de saber como termina. E reler tudo, tempos depois, pra sentir tudo de novo, e diferente.

No entanto, por incrível que possa parecer, não estou possessa com isso, com pessoas que sequer tem o trabalho de saber se aquela citação é realmente daquele autor. Eu simplesmente continuo no meu canto, sendo uma pessoa de 200 páginas, enquanto a maioria se contenta em ser apenas 3 linhas entre duas aspas...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Enfiem o "Feliz dia do amigo" no rabo. Grata.

Eu não me conformo com datas idiotas...

Todos que desejaram FELIZ DIA DO AMIGO a alguém, por favor, morram. Mas morram logo, por favor.

E é de conhecimento público que eu não me conformo em simplesmente odiar idiotices, preciso saber o por que, mas por que, meu Deus, fazem coisas assim, como por exemplo, o dia do amigo.

Foi ai que me deparei com algo surpreendente no wikipedia. Não sei se é um verbete-pegadinha-do-mallandro (daqueles que a gente ouve um 'rá! pegadinha do mallando' no final) ou se ele tem a intenção de ser sério. Mas o fato é que isso foi escrito, e deve ser verdade:

"A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo é meu companheiro".

Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo, é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, na teoria."

Então, se vocês desejam Feliz Dia do Amigo a alguém, porque um imbecil inventou que a chegada do homem à lua é uma OPORTUNIDADE DE FAZER AMIGOS EM OUTRAS PARTES DO UNIVERSO ("olá amiga poeirinha galática, tudo bom?"), sinceramente, vocês não merecem respeito algum.

Feliz dia da Independencia do Camboja, seria muito mais util... Ou "Feliz aniversario: Éric Akoto". Porque, mesmo sem saber quem ele é, pelo menos ele nasceu, não foi invenção de um idiota que não tem amigos e quer arumar algum fora do planeta.

Boa Tarde.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Quase Natal...

Se não comer requer talento...e desculpas...e teorias. Uma coisa que não requer nada de mim é esculhambar o calendário.

Em 2008 eu terminei com o ano em Agosto. Ele tava uma merda mesmo...
Numa quarta feira qualquer, perto da meia noite, virei pra Sayo, que morava comigo na época e disse:

- Sayo, o ano ta uma merda não tá?
- tá.
- Vamos acabar com ele?
- Bora!

E se tinha uma coisa que não faltava na nossa geladeira era salsicha e cerveja, ou vodka, ou vinho.... (na minha parte, pelo menos, era álcool e salsinha basicamente. Ela tinha essa mania estranha de comer como gente normal.)

Justamente pra situações como essa onde precisassemos brindar (o que não estava acontecendo muito em 2008...mas né? bom sempre estar precavida).

Fizemos contagem regressiva à meia noite, brindamos, e como não tinha uva, comemos uma bala, sei lá, algo assim... Pronto, adeus 2008! Foi tão facil...

Mas lembramos que PUTZ! Acabamos com o ano e nem fizemos o Natal.

Sem problemas né? No domingo tá lá o papai noel em cima da mesa, os enfeites, o almoço de natal, os presentinhos, renas e tudo mais.

Foi um natal divertido...

Em 2009, na mesma casa, mas com roommate diferente - Sra. Cláudia, em agosto, então é natal. E vocês sabem como é tradição... A cada ano melhora... Dessa vez montamos a árvore no dia anterior, penduramos guirlanda na porta, decoramos a mesa, colocamos velas, enchemos a casa de Papais Noéis (plural, vai tomar no cú, grata), chamamos mais amigos, alguns confessaram que foram só pra ver se era sério mesmo, Sayo foi lembrada em foto na parede, fizemos a ceia e quase fomos explusas do prédio.

Agora, 2010. Agosto tá chegando. Sinto o cheiro de natal pairando no ar, vocês não? Que pena.

Mas gostaria de relembrar a todos que eu nunca vou ser normal. E pra nascer uma idéia genial basta um impulso.

Minha irmã: "Marcella, fiz uma torta de suspiro chantily e morango, e uma outra pequena, que tá sobrando."

Eu aposto que se tivesse uma câmera por perto, captaria o exato momento da epifania.

Só trocar o peru por um frango assado, comprar umas broas, porque tem que ter milho, fazer um purê de batata, assar umas batatas doces e trocar a torta de abóbora pela torta de morango e o que temos?

THANKSGIVING DAY! (que ó, que coincidência, é mais ou menos um mês antes do natal)


Algumas pessoas tentam argumentar...

- Marcella, você ja faz Natal em agosto, ok. É estranho, mas ok. Agora, porra, você tá querendo fazer em julho um feriado que é em novembro E NEM É COMEMORADO AQUI?"

- Aham

- Ah, tá.


Outras pessoas nem discutem. Só animam e tá tudo certo.

Então, só queria dizer: Faltam 37 dias para o Natal. E sábado, é dia de ação de graças.

Eu e T. estamos até pensando em cortar franja curta em homenagem aos índios da História e tals...

nhé, not. Na escolha de papéis eu levantei a mão primeiro e fui logo pro lado dos peregrinos (toquinha na cabeça é o que há).


Eu disse que minha dieta afetaria minha sanidade...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Não comer requer talento (e desculpas, e teorias...)

Voltei à vida de atleta, ou semi deusa da corrida, como preferirem.

Com isso, não posso me ater a minha dieta "zumbido na cabeça, ronco no estomago e ver pontinhos pretos é o que há" que costumava fazer.

Se você quer só emagrecer eu aconselho, porque quem diz que emagreceu nessa vida sem pelo menos por um mês na vida ter ido dormir com fome, MENTE. E fome, muita fome mesmo, daquelas de doer o estômago e te fazer chorar. Mas fato, passa. Até a fome cansa e desiste de você. E no outro dia você come um cream cracker e diz, nossa to cheia. (mentira, fica com vontade de comer mais vinte, mas foca na Gisele e ataca uma xícara de chá verde.) E pra quem diz, nossa, que louca... Helo-ou! Ensandecida, mas 15 kg menos obesa.

Mas enfim...

Eu não posso mais, porque preciso do tal do cálcio, do potássio e de uns outros troços que parece que só comida tem, então, preciso comer. Tive que escolher entre emagrecer 1 kg (ou mais) por semana e emagrecer mais devagar mas ter o Forest style...

Então adotei a dieta, coma pouco mas coma certo e blablabla, ou seja: Banana e feijão sao meus melhores amigos e vou ter deficiência de vitaminas e sais minerais que com certeza são superestimados pela humanidade. Só me interessa o ferro, o cálcio, o potássio e não ter caimbras e nao desmaiar enquanto corro. Se a corrida causar vômito, tanto melhor, pq eu como e ainda me livro do que poderia virar gordura. Mas nisso eu ainda to trabalhando, e confesso que vomitar publicamente nao é muito legal. Eu sei pq ja aconteceu isso comigo em uma corrida, e nao foi agradável. E controlar a vontade de vomitar pra ela vir SÓ no fim da corrida também é muito trabalhoso. (Eu realmente vejo os olhos das pessoas arregalando quando leem isso e acham que é sério, ai dizem: "ah, ela tá sacaneando, nunca ia querer vomitar a toa". E nem é. Tipo, é. Mas não é. Eu gostaria de fazer, mas nem tenho coragem...de voltar a fazer... Ai eu rio de novo imaginando se vocês ficam na dúvida se isso é serio ou não. Eu acho me me divirto mais comigo do que o resto do mundo, comigo.)

Mas fato é: Dietas suscitam teorias. A minha última é: é mais facil não sentir saudades do que não se conhece.

Porquê?

Eu tinha um sonho (Martin Luther King vive em mim). O sonho de conhecer e experimentar todos os sanduiches de McPaises do McDonalds. E experimentei dois. Mc Itália, que - como a seleção - tem mais nome do que atitude e o Mc Alemanha, que não veio ao mundo pra jogar bonito, mas pra jogar bem (fuderoso o sanduiche - eu sou meio suspeita pq salsicha é vida).

Só que quarta-feira é dia do Mc França que é meu sonho de consumo dentre todos os sanduiches-paises. Embora o Mc Argentina eu queira comer só pra dizer "tá vendo? não tem como não ser o melhor" Senão não seria eu. (Aos que não sabem, meu nome é Marcella, mas podem me chamar de Mafalda, porque depois dela eu sou a argentina mais legal de todos os tempos). Dai eu pensei... Se eu comer, posso gostar, e ele vai embora depois da copa, junto com o Mc Alemanha-meu-fofoilo (miss you already), e eu vou ficar almadiçoando o McDonalds por nao torná-lo permanente e vou ficar com saudades e vou ficar salivando quando lembrar dele e isso não é legal e vários outros "e's".

Então a decisão. Não vou comer nenhum, porque ai eu não vou ficar com saudades de nada. Já que eu não sei se é bom...E não dá pra salivar por algo que nunca se comeu... (ou alguém ai pensa: "hummm, ó to salivando só de pensar no Beluga que eu nunca comi"... Porque, né? Salivar pelo Caviar-so-far-far-away é a nova onda do verão.)

Ainda que eu esteja analisando com carinho e amor a proposta de R. em "ir todos os dias da semana e MEIAR um sanduiche só pra ver se é bom".

Então esse post é só pra dizer que ando com fome. E que comida e rabugice será uma constante por aqui. Já que pessoas com fome ficam intolerantes e só pensam no que não podem ter.

Porque o tantim de prazer e satisfação que a endorfina me dá, eu tenho guardar pra manter uma meia duzia de relacionamentos de amizade que eu tenho por ai e um amoroso que heróicamente me atura.

Mas conto com a compreensão de todos esses meus outros dois leitores Indaiatubanos(???), pra não me abandonarem nesse momento dificil de textos mais insanos...

E conto com a colaboração de todos em não me dizer que o Mc França é gostoso. Grata.

(meu estomago roncou de verdade quando terminei de escrever "Grata", e foi um ronco sentido, sabe quando vc percebe o pesar dele em um rooonc? então, desse...)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

No clima da Copa

Hoje é o primeiro jogo da copa que eu durmo em casa.
Oito anos se passaram desde a última vez que dormi nesse CEP numa copa do mundo. E é triste ver que nada mudou. Minto, mudou. Há oito anos atrás eu dormia num quarto que tinha uma acústica melhor. (leia-se: era de fundos e a rua era uma referência longínqua)

Naõ dormi em casa em nenhum jogo anterior, o que obviamente, torna essa noite a primeira noite de copa que passarei no inferno. Minha cidade é um ovo, onde a gema pode ser nomeada como altar de mephistópheles, e eu to aqui sentadinha no trono ao lado, se é que vocês me entendem...
De todos os bairros do planeta, eu moro no olho do furacão, no cerne da inutilidade vestida de verde e amarelo, no meio do lugar onde as pessoas mais idiotas do planeta resolvem se juntar pra fazer campeonato de vuvuzela cover. Porque nem vuvuzela decente esse povo é capaz de adquirir.

E eu tenho certeza, mas certeza, de algum imbecil com neurônios a menos, ou cromossomo a mais, vai me acordar no meio da madrugada, me provando que nem capacidade pra assoprar uma corneta tem. Todo felizão se aprimorando na arte de ser um idiota. Porque nem alguém pra comer conseguiu e a única coisa que tem pra colocar a boca é uma corneta. Cara, eu não tenho culpa de vida ruim dos outros. Fique rico, ou inteligente, ou... ó, se ficar um pouco menos retardado eu tenho certeza que vai ser meio caminho andado, ou mais, para, na próxima copa, você sequer lembrar o que é uma corneta.

Eu não to irritada com ninguém não. Só queria um pouco de senzatez no mundo. Como a do meu vizinho, que ao ouvir uma menina gritar pela rua "Brasiiiiil" (entre risos e um 'ai minha calcinha'), foi até a janela e respondeu "Brasil o caralho, porra! vai estudar e virar mulher que se preze!". Eu juro que nutro por ele, sem saber quem ele é, sentimentos puros de afeição e admiração. Porque pode não ter adiantado nada, mas pode ser que ele tenha tocado aquele coraçãozinho embriagado, dentro daquele short jeans desfiado gineco-cortante, daquele top feito sobre medida pra mostrar o pequeno lustre no umbiguinho dela, e ela tenha tomado aquela voz como a voz de Deus (ainda que desbocado) e ido pra casa dormir. E amanhã antes de ir pra escola ela entre no msn e coloque como mensagem pessoal "Se Deus é por nós quem será contra nós? Tomara que não a Holanda...haha, brinks". Porque, tudo bem, ela pode ter melhorado um pouco e calado a boca. Mas não devemos exigir demais.

É... A Praia do Canto em dia de Copa (e final de jogo do flamengo) é o bairro que suscita o melhor que há em mim.


Boa noite.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

é, você mesmo seu verme.

Esse post é so pra deixar documentado que o mundo hoje deveria agradecer à minha capacidade de ignorar pessoas. Porque se eu fosse colocar o dedo na cara e falar todas as verdades, sinceramente eu ia causar um suicidio. Colocar o dedo em tantas feridas ia doer tanto, que ia ser mais fácil ele se matar.
Porque quando alguém me enfurece, eu sei direitinho dizer tudo o que ele PRECISA ouvir. Talvez pra crescer, talvez pra acordar, ou talvez ele seja tao egocêntrico e mesquinho que sirva só pra ele ver que algumas pessoas, ó só que coisa, não acham que ele é a última coca cola do deserto só porque arrota vantagens por ai.
Eu sei a fraude, ele sabe também. Então acharia melhor não mexer comigo.

Então seu verme. Agradeça por eu saber também ignorar. Não sei se isso é algo para agradecer, porque eu sei ignorar quase tão bem quanto ofender. Mas deve ser mais facil lidar com isso.

E eu agradeço ao cunha por ter chegado de LA exatamente hoje e a R. por ter lembrado de pedir o dvd que está tentando me acalmar até agora. (se Dave Matthews e Tim Reynolds não conseguirem ninguém consegue)

...e àquela ligaçãozinha dizendo "calma".

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ENSANDECI-DA - Parte 2.

MINHA NOSSA SENHORA DA BICICLETINHA...dai-me o equilibrio.

amém.

Bem, depois de passada a exaltação inicial. O desespero.
Meu (nosso) aniversário já está marcado e confirmado para dia 31 de outubro.
DJ, garçons, comida, fotógrafo, chopp, open bar. Tudo acertado. (Foda-se se nós somos adiantadas, a festa é nossa. A gente começa a organizar quando quiser.)

Afinal faremos 30 anos mas nao estamos ensandeci-das (beacho, o blog é meu e eu posto esse video quantas vezes eu quiser também. Tenho culpa por Xuxa reinar em mim? ah tá. Esse dois pra vocês também. Muito amor aqui dentro desse esse doisinho...doisinho é com s ou com z hein? - Da arte de manter o foco ao escrever um post. Capitulo 1: xuxa rox)

Ai hoje resolvo checar uma informação que me foi passada, e...

DAVE MATTHEWS BAND NO BRASIL EM OUTUBRO....

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, tchubirubiru iê iê...era tudo o que eu queria, já que ano que vem eles tiram férias e só voltam em 2012, o que acabou com qualquer possibilidade de eu ir vê-los em, sei lá, Las Vegas...

Ok, eu odeio quem escreve adooooro, amigaaaaaa. Tipo, repetir letra é o que há na terra da imbecilidade, mas aqui eu não me contive, é ahh mesmo. Afinal a idiotice precede a felicidade.
E dai, sou rabugenta mesmo, e preciso fazer jus ao meu apelido recém adquirido, depois de Docinho, agora eu sou o Mutley, e comecei a correr só pra ganhar medalha meldalha medalha. (Da arte de manter o foco ao escrever um post. Capitulo 2: meu senhor só me dá apelidos carinhosos.)

Mas então, voltando ao DMB... Dos 365 dias do ano (esse ano não é bissexto nao, é? E ano bissexto tem 366 e o resto dos anos 365? ou ano bissexto tem 365 e o resto 364? Da arte de ter preguiça de pesquisar no google. Capitulo 1: tomei café demais) a probabilidade era grande deles virem JUSTO no dia 31.

Acredite. Era. Se tratando de mim. Era. Probabilidade de 98.7% pra ser mais exata.

Eis que vou procurar. E sabe o que acho?

INCUBUS TAMBÉM TA CONFIRMADO. Pro mesmo festival. E adivinha a data?

nhááá... 09, 10 e 11 de outubro.

Ok, Deus desistiu de sacanear e resolveu dizer que chega, vamos mandar coisa boa pra essa menina... Mas será que seria pedir demais, se eu pedisse pros dois serem no mesmo dia?

Sem querer abusar... Mas ia ser legal eu nao ter que ficar em Itu 2 dias...ou 3. (Porque ele resolveu parar de sacanear, mas pra colocar um dia 09 e outro dia 11 pouco custa.)

Entao, esse post é pra dizer que começo hoje a minha lista de presente de aniversario.

Item 1 - doações em dinheiro. CEF. AG:0829 Poupança: 5800-8 (operação 013 pra quem não sabe) Marcella Thebaldi Araujo

Item 33 - doações em dinheiro. CEF. AG:0829 Poupança: 5800-8 (operação 013 pra quem não sabe) Marcella Thebaldi Araujo.

Ah e se alguem for fazer o depósito, aproveita e me avisa se essa conta ainda está ativa. Acho que deixei uns 40 centavos la uns 2 anos atrás...Deve estar né?

E, ah, quem fizer o depósito manda o nome ai que eu juro que penso em vocês quando Davezinho estiver cantando Lie in our graves. (Juro que tento lembrar que prometi isso pelo menos, serve?)

P.S.: Deus, se o Senhor estiver lendo esse blog, caso não esteja fazendo muita coisa - e visto que o Senhor resolveu tirar um recesso da sua atividade preferida que é me sacanear, acredito que esteja sobrando um tempinho considerável aí pelas bandas do Paraíso - será que daria pra mandar Kings of Leon, Keane, John Mayer, Lifehouse, Pink e Panic! At the Disco virem também? No mesmo festival? (veja bem, nem pedi pra ressuscitar Sinatra e Elvis... Super estou dentro das suas possibilidades de fazer as coisas sem causar alarde...)
Grata.

ENSANDECI-DA

ahhhhh... Enganei você! Tolinho!
Você achou? jura? quééisso...

30 anos mas ainda não estou ENSANDECI-DA.

Xuxa. Tem como não amar?
Bem... Eu também não amava até ver esse video Mas agora, garrei amor eterno.

No meu ésse dois, forever.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Da arte...

Da série: Papos que não podem ser esquecidos
Capítulo: Da arte de pensar merda e ser feliz


M - cara, hj eu to descompensada. tem dia que o cafe me altera fortemente

R - pensamento escroto do dia
tava eu navegando no orkut sem rumo
quando acho o perfil de uma menina

M - lá vem. quando começa com 'navegando no orkut sem rumo' tem chance de dar certo?

R - com essa imagem aqui tatuada no meio das costas, entre as omoplatas
pensamento instantaneo:
"dar de 4 nunca mais, né?"

M - AUSHAUSHAUHAUSHAUSHAUSHUAHSAUHAUSHAUSHAUSHA
ou se der ela nem precisa gemer "minha nossa senhooooora"
é só apontar

M - assim como eu acho que tudo seu é pra mim no twitter. será que isso é pra joaninha? (censurado por causa da joaninha) suahsuahsuahsuahshsuahsa

R - SUHHASUHASUHUSHAUSHAUSHAUSHUASH
morri aqui

M - da arte de supor

R - capitulo 1
em outros casos
da arte disso por
AHSUHASUHUASHAS
engraçadona

M - da arte de ser trakinas
uahsauhsuashuahauhuahaushauhaushaushuahsa
da arte de nao ter o que fazer e ficar achando arte

R - da arte de nao ter responsabilidade juridica e publicar perfis de orkut alheios

M - "papai é caminhoneiro"
assim como a tatuagem na parte interna do biceps diz "lembranças de tucum", essa diz "hj acordei meio retrovisor"

R - hsuahsaushaushaushasu
meio parachoque

M - AUHSAUSHAUSHAUHSAUSHUAHSAUHSAUHSUAHSA

R - cara, a gente fala tanta merda que o blog devia ser anônimo mesmo, só pra gente postar isso lá

M - é só dizer que foi uma amiga de uma amiga nossa que contou

R - Da arte de forjar posts de forma convincente...


Então.... Esse foi um papo que uma amiga de uma amiga minha me contou...

terça-feira, 8 de junho de 2010

E se...

- nhá.

- to indo pra casa...

- só queria saber mesmo...

- isso tudo é dengo?

- é. saudade.

- quem diria hein?

- ok, já to me arrependendo. (E se telefone tivesse visor ele veria o olhar bravo que ele tanto conhece.)

- também te amo, docinho.

Desligaram.

...E se telefone tivesse visor ele veria como ele a fez sorrir.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

A menina dança

"E se você fecha o olho a menina ainda dança."

Não depende de ninguém. A menina dança independente de se ver ou não. Porque ela quer, porque ela precisa, porque faz parte do que ela é.

Dança sozinha, dança acompanhada, mas dança, como se ninguém estivesse vendo.

Dança com o corpo, com a alma e com o coração, que é a única forma que vale a pena dançar.

Se envolve até o último fio de cabelo, deixa a coisa ficar séria e dança seriamente, mas ninguém percebe, sua seriedade vem estampada com um sorriso tão largo que parece tarde de verão deitada na rede...

Porque nem sempre o que é sério tem que ser pesado, e toda a seriedade dela, ela leva na ponta dos pés...

Tampouco precisa ser explícito, essa séria felicidade que ela carrega na ponta dos pés, se esconde no abraço que ela dá, mas não cabe nas linhas que escreve.

E ela dança. Até o dia em que cansar, e nesse dia ela inventa outra coisa pra ser feliz.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dito, pelo não dito.

E o que não precisava ser dito, era tudo o que ela queria dizer.

"Guardo minha espada e escudo
E nem todo silêncio é mudo"
(Nano Vianna)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

So last week

Brenda gostava de Dylan, que namorou Kelly, que era a paixão de Steve, mas que chegou a ficar noiva Brandon, que era o amor-secreto de Andréa... e assim por diante...

Barrados no Baile né? ah tá.



terça-feira, 11 de maio de 2010

Má.

- Você não é tão má quanto parece não, é?

- Não.

- Sabia...Mas costumo me enganar com as pessoas...

- E eu costumo mentir, às vezes.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

=)

“Porque é tão mais fácil aturar a vida sabendo que tem você. Agora sem você, meu amigo, a coisa é feia. Realmente feia.”

- Caio Fernando Abreu.


(Bom dia.)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

(...) Viva

"Isto te diz alguma coisa? A mim fala(...)
Escrevo-te porque não me entendo.(...) Mas bem sei que o que escrevo é apenas um tom.
Nesse âmago tenho a estranha impressão de que não pertenço ao gênero humano.(...) E o que é proibido eu adivinho.(...)
Não gosto muito do que acabo de escrever - mas sou obrigada a aceitar o trecho todo porque ele me acontece. E respeito muito o que eu me aconteço. (...)
Para onde vou? a resposta é: vou.(...)Não dirijo nada. Nem minhas próprias palavras(...)
E estremece em mim o mundo(...)
Esta palavra a ti é promíscua? Gostaria que não fosse, eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações que aqui caleidoscópicamente registro.(...) Porque estou cansada de me defender. Sou inocente. Até ingênua, porque me entrego sem garantias.(...) Tem pessoas que não aguentam e vomitam. Mas eu estou habituada ao sangue.(...) E isto que tento escrever é maneira de me debater. Estou apavorada.(...) O horrível dever é o de ir até o fim. E sem contar com ninguém.(...) Sou inquieta e ápera e desesperançada. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor.(...) Corro perigo como toda pessoa que vive. E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado.(...)
E eu estava tão feliz que me encolhi no canto do taxi de medo porque a felicidade dói. E isso tudo causado pela visão do homem bonito. Eu continuava a não querê-lo para mim - gosto é das pessoas um pouco feias e ao mesmo tempo harmoniosas, mas ele de certo modo dera-me muito com o sorriso de camaradagem entre pessoas que se entendem.(...)
Alimento-me delicadamente do cotidiano trivial e tomo café no terraço no limiar deste crepúsculo que parece doentio apenas porque é doce e sensível.(...) E vejo que sou intrinsecamente má. É apenas por pura bondade que sou boa.(...)
Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo minha solidão.(...) Guardo o seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver.(...) Escrevo-te em desordem, bem sei. Mas é como vivo.(...)
E não tenho medo do fracasso. Que o fracasso me aniquile, quero a glória de cair.(...)
Quando penso no que já vivi me parece que fui deixando meus corpos pelos caminhos.(...) Não posso me resumir porque não se pode somar uma cadeira e duas maçãs. Eu sou uma cadeira e duas maçãs.(...) Mas quero ter a liberdade de dizer coisas sem nexo como profunda forma de te atingir. Só o errado me atrai, e amo o pecado. (...)
Eu pedi socorro e não me foi negado. Senti-me então como se eu fosse um tigre com flecha mortal cravada na carne e que estivesse rondando devagar as pessoas medrosas para descobrir quem teria coragem de aproximar-se e tirar-lhe a dor. E então há a pessoa que sabe que tigre ferido é apenas tão perigoso como criança. E aproximando-se da fera, sem medo de tocá-la, arranca-lhe a flecha fincada. (...)
Vou ficar muito alegre, ouviu? Como resposta, como insulto.(...) Tudo acaba mas o que te escrevo continua. O que é bom, muito bom. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas. (...)
Simplesmente eu sou eu. E você é você. É vasto, vai durar.
O que te escrevo é um "isto". Não vai parar: continua.
Olha pra mim e me ama. Não: tu olha pra ti e te amas. É o que está certo.
O que te escrevo continua e estou enfeitiçada."

Clarice Lispector - Água Viva
(80 páginas em algumas linhas)


domingo, 2 de maio de 2010

Asas

Eu ultimamente tenho me sentido como um passarinho que arrancou as próprias asas, depois se arrependeu e tentou voar.

Caiu.

De novo tentou.

De novo caiu.

E naquele entremeio de burrice, insitência ou persistência continuou a tentar.

Hoje ele cansou.

E quem sabe, ele não tenha medo de cair mais uma única vez, pra ver que as asas nascem. Quando menos se espera.

Como já disse uma vez "precisei cair, para aprender a voar".

Fim.

P.S:
"And who cares divine intervention
I wanna be praised from a new perspective
But leaving now would be a good idea
So catch me up on getting out of here"
;)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ésse dois

"Tem coisa mais brega que uma pessoa juntar um S e um 2 pra formar um coração? não né? ah tá.

...Na certa são as mesmas pessoas que mandam tomar no asterisco. AS-TE-RIS-CO! CÚ tem uma sílaba só, não tem como ser mais facil de falar...

...e a pessoa só aumenta 3 silabas pra não ser tão grossa. Beacho, a intenção de mandar tomar no cú não muda...

...Agora uma coisa disso tudo que é realmente importante: o cú continua com acento? ou de acordo com a nova gramática não existe mais pau no cú?

...Poderia ser extinta junto com o acento a raça de gente paunocu way of life tb né?

...mas isso é só um sonho. Martin Luther King feelings...

... Porque no fundo, no fundo, ele só queria que o mundo não tivesse gente paunocu... (vê se não era só isso o que ele queria)"


Só pra ratificar o que disse semanas atrás no meu twitter. Tem horas que os 140 caracteres não bastam e vomitando as idéias ficam mais claras.

Basicamente um momento "valeu eu"...

Acha que é muito egocênctrico da minha parte? Bem, o blog é meu, você tá lendo porque quer...

(simpatia, meu sobrenome.)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Just run

"Every morning in Africa, a gazelle wakes up. It knows it must outrun the fastest lion or it will be killed. Every morning in Africa, a lion wakes up. It knows it must run faster than the slowest gazelle, or it will starve. It doesn't matter whether you're a lion or gazelle - when the sun comes up, you'd better be running."

- Inspirational sign on a runner's office wall



terça-feira, 27 de abril de 2010

Da arte de fazer poemas...

Para D, com amor

Dudu é uma flor
que espalha o amor.
Ele é um pitel,
paga até o motel.
E não é traiçoeiro
paga até pra terceiros.


Drummond, KISS MY ASS!
vem aprender a fazer rima com a thetheeea, vem!

da sapiência

ex bom é ex morto

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Can you, did you?

Can you imagine, no love, pride, deep fried chicken
Your best friend always stickin up for you
(even when i know you're wrong)?
Can you imagine no first dance
Freeze dried romance
5 hour phone conversation
The best soy latte` that you ever had and...me?

But tell me did the wind sweep you off your feet?
Did you finally get the chance to dance along the light of day
And head back to the milky way?
Tell me did you sail across the sun?
Did you make it to the milky way to see the lights all faded
And that heaven is overrated?
Tell me did you fall for a shooting star,
One without a permanent scar?
And did you miss me while you were looking for yourself out there?



sexta-feira, 23 de abril de 2010

Feridinha boa

Um cantinho da unha do seu dedo mínimo tinha inflamado, e agora pulsava um pouco. Tinha infeccionado, mas não incomodava, e ela nem lembrava dele, salvo as vezes que não tinha o que fazer e ia futucar pra ver se a ferida ainda tava ali, e pra checar se ao apertar ela doeria. E doía, mas parava logo que ela cansava de mexer. E sararia bem mais rapido se ela não ficasse futucando... Disso ela sabia, mas mesmo assim não conseguia não instigar aquela lesãozinha, percebendo enquanto cutucava o quanto seu dedinho era bonitinho, mesmo machucado.

Ela viu que algumas pessoas são como essas feridas, das quais a gente nem lembra a maior parte do tempo, mas às vezes puxa assunto só pra ver se ainda dói. E quando sara a gente esquece.

E se viu com uma feridinha boa, daquelas que vão sarar, mas que enquanto estão ali, dão trabalho suficiente, não para se preocupar que cure, mas de cuidar para que não piore. E nunca se lamentou por tê-las, essas todas que já teve, e essa que resolveu aparecer.

E reparou que ela sempre achou melhor não querer o seguro. Não querer a aparência, não querer só ter o que(m) mostrar, não querer o certo. Ela poderia estar agora, ao lado da pessoa segura, mantendo as aparências e se mostrando feliz, do jeito mais certo que se consegue fazer parecer.

Mas vejam só, que pena, o que ela preferia mesmo era ficar sem fôlego ao dizer alô, ruborizar ao ouvir ele dizer "sonhei com você...de novo" e arrepiar até o último fio de cabelo com um abraço. Saber dele, sem ele dizer uma palavra e sentir saudades do jeito que ele insiste em ajeitar seu cordão.

Ela gostava dessa coisa estranha de ser feliz por ser feliz, não pra mostrar que pode ser feliz. Mesmo sabendo que isso não é tudo. Mas se existe isso, ela sabe que vale a pena a paciência que ela vai precisar ter e o trabalho que é preciso para manter isso dali pra frente. Para melhorar isso e para que não seja só isso.

E por mais que nunca tenha entendido como algumas pessoas tomam certas decisões, percebeu a coisa mais simples e que encerra toda uma discussão sobre o porquê dela não entender o que algumas pessoas fazem.

E era simples. Existem pessoas, como ela, que agem com o peito. Peito de quem tem coração. E outras que agem com a cabeça, ainda que dentro dela nunca tenha havido um cérebro.

terça-feira, 20 de abril de 2010

guts

pois é sempre mais fácil esticar o dedo e apontar a falha do outro pra esconder os próprios erros.
muito mais fácil.
soltar uma big fat lie pra deixar de ser incomodado. já fiz, já mandei o e-mail, já liguei, já disse, já avisei, mas se quiser faço de novo.
então faça de novo.
faça na minha frente.
ateste sua incompetência com a duplicidade dos seus atos.
tem coragem?
porque eu tenho coragem de arrancar suas máscaras em um piscar de olhos.
e com os dentes, se preferir.
tem coragem?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pessoas

De repente eu me dei conta que pessoas realmente não são substituíveis. Mas definitivamente, algumas são descartáveis. E não retornáveis.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A arte do eterno amor eterno

Vejo sempre a mesma história. Primeiro a pessoa some uns dias, umas horas, no mínimo. Depois, aparece com algum nick poético no MSN, aquele sorriso no rosto, a pele maravilhosa, espalhando sua felicidade para o mundo inteiro.
Você pergunta o que aconteceu e descobre que a pessoa está namorando, enrolada, tá pegando, tá se relacionando com alguém.
Os mais corajosos, e que não temem perder os demais pretendentes, mudam logo o status no Orkut para "namorando", criam um álbum para o novo casal, informam pelo GoogleTalk cada passo dos pombinhos (ninguém sente falta de quando os namoros eram apenas entre duas pessoas?) e os mais cautelosos, ou medrosos, continuam no "solteiro" ou "nada a declarar".

Querendo saber todos os detalhes, você logo pergunta quem é o novo elegido e a resposta é também sempre a mesma, "é uma pessoa muito especial. Eu sinto que vai ser diferente, que não é uma pessoa como as outras, é alguém muito bacana, acho que tô apaixonado".
Você sorri e deseja sorte para o novo rolo. Passam-se alguns dias, geralmente varia entre cinco dias e um mês (para os mais persistentes), e seu amigo volta a ser solteiro. "O que aconteceu?", você novamente pergunta. A resposta, outra vez, não varia muito, "ah, ele não era tudo aquilo que eu pensava", e é dita por aquele - antes apaixonado, agora decepcionado.
É,e é sempre culpa do outro nunca da própria pessoa.
Ele era muito grudento (ou você é escorregadio demais?), ele não retornava as ligações (dá tempo de retornar com você ligando a cada dois minutos?), éramos muito diferentes (já considerou se casar com seu espelho?), enfim, ele não era aquilo tudo (ou você quer do outro o que ele não pode ser? Se você busca salgado na loja de doces o erro é seu, só seu! Entendeu?).

Agora, vamos lá.
Deita aí no divã que tá limpinho.
Não era tudo aquilo? Você se decepcionou? Sabe quando a gente tem uma desilusão? Quando a gente se ilude, quando a gente troca o conhecer pelo se iludir, por criar expectativas e projetar no outro o que nós queremos.
Sinto lhe informar, mas, você definitivamente não estava apaixonado por este ilustre ser desconhecido que você elegeu em uma semana ao posto de amor da sua vida. Você estava, simplesmente, apaixonado pela sua projeção, pela parcela de você que viu no outro (aquilo que chamamos de "coincidências", "alma gêmeas" no começo da relação e no final damos o nome de "pé no saco") e estava apaixonado também pelo começo da relação com este outro alguém.
Não há como gostar do que não conhecemos.

Como é mesmo o início de uma relação? Amor, amor, e mais amor, físico e espiritual. Se você conhecer alguém que já no começo não faça você se sentir nas nuvens, corra porque é o capeta disfarçado de gente!
É como aconselhava minha sabia avó, que se casou três vezes: quando você quer matar a galinha, você não fala "xô", você chama ela bem bonitinho, carinhosamente, e somente depois dela acreditar em você é que você quebra o pescoço dela, depena, joga na panela e come!
Então, no começo, caríssimo, todo mundo vai se mostrar como o ser mais apaixonante do mundo, chama-se cortejo esse processo e existe até entre os animais não racionais (imagina entre os racionais).

Depois da conquista, aí sim, chega a hora de conhecer aquela pessoa "muito especial".
Será que vocês combinam?
Vale a pena ter alguém pro resto da vida por alguns minutos de prazer? E muitos outros "será?" que virão.
Depois de conhecer você finalmente poderá se apaixonar por aquela pessoa e não pelo começo apaixonante de qualquer relação, captou?

Então, fique com quem você ama, apesar de tudo, por tudo, acima de tudo. Caso contrario, não será amor, será apenas alguém, no caso você, usando alguém para se sentir bem, para se sentir melhor (ou exibir para os outros?), e isso se chama egoísmo, não namoro, não amor. Não seja alguém tão carente assim, pô!!!

É difícil saber disso tudo, porém precisamos continuar tentando. Eu não caio mais nessas!
Mas, agora que você acabou de ler meu texto, eu preciso contar uma coisa para você: Conheci uma pessoa muito especial. Nossa,faz eu me sentir...

"Já viu alguém e soube que se aquela pessoa realmente conhecesse você teria, bem, teria é claro se livrado do modelo perfeito com quem estava, e se daria conta de que você é a pessoa com quem queria envelhecer?"
(Enquanto você dormia - 1995)

Não, por mais que possa parecer, esse texto não é meu. É desse moço aqui e seu titulo original é "Nada demais".