sábado, 31 de outubro de 2009

Porque é Amor.

Tá, já passou da meia noite, eu deveria estar dormindo, porque amanhã, se eu não dormir, nem o fato do meu maquiador ser um dos 6 melhores do Brasil segundo o concurso da Natura, vai ajudar ele a dar jeito nas minhas olheiras. Vou precisar do número 1 com brinde estrelinha. E eu ainda preciso procurar uma desculpa pra ele não me matar por meu cabelo estar nesse estado calamitoso e dar um jeito nas minhas unhas.

Ok, fora meus problemas estéticos facilmente resolvíveis ('resolvíveis' existe? to com preguiça de jogar no google, se não existir, ponto pra mim: mais um neologismo adicionado à minha lista) eu to aqui pensando no dia de hoje e em como chegamos aqui, e também em como eu quase não cheguei aqui.

Minha irmã de catchup vai juntar os 'pano de bunda' né? Casamentão, bonitão, com tudo o que eles tem direito. Lindo e trabalhoso como todo casamento deve ser. (tanto a festa como a vida)
E eu fiquei pensando bem nisso tudo. Tudo bem, a maior parte do tempo eu fiquei pensando em como não morrer de rir em cima do altar vendo todo mundo chorar...Mas já achei um jeito, um coala me ensinou: é só pensar em 'gato morto' que tá tudo certo.

Mas depois de passada a fase das coisas práticas, eu pensei na história da coisa. Eu não pensei em como o casal é linddo e blablabla. Até porque isso eu já falei pra eles, pro site deles.

Pensei na minha historia com eles.

Lembrei do dia em que eu voltando de ônibus, num dia de chuva, do abrigo que eu era voluntária - depois de atender 1 criança 'em risco social' (vulgo-moleque-de-rua-fudido-na-vida-que-ainda-tem-força-pra-criar-alguma-coisa-que-o-salve-da-miséria), 2 mães histéricas e 1 adolescente molestado - olhava pra chuva do lado de fora e só pensava: "cacete, precisava de um porre hoje, mas to sem 1 real, porque o ultimo que eu tinha paguei essa droga de onibus, e tipo, isso não ia pagar nem meia cerveja." Eis que toca o telefone e:

R. - Vamo pro Abertura hoje! (Sim. Abertura, since 1900 e bolinha)
M. - Nem rola, to sem 1 real!
R. - ahhhh tá.

2 minutos depois ela liga de novo.

R. - Liguei pro Otavio. Foda-se você vai.
M. - oooooooooooo-k (nunca fui de recusar boa vontade alheia. Até porque depois dos meus atendimentos, nem podia.)

E fomos pro Abertura. Eramos todos amigos, contentes e mostrando as canjica pra todo mundo. Ela lógico passou mal depois da 3ª tequila, e eu fiquei enchendo o saco dizendo que ela tinha que ficar com Otávio enquanto ela vomitava no banheiro. (eu sempre tive um timming aguçadíssimo, como podem perceber)

"Caceeete, eu ja fiquei. Mas shhhhh (tem coisa mais cômica que bêbado fazendo shhhhh?) ninguém sabe"

"hã? fiquei bege"

E foi nesse dia que ela pediu ele em casamento.

Tá, mas eu sou louca e logo depois resolvi achar que isso tudo era muito errado. (A influência infernal pode ter afetado, mas pulemos essa parte) E me afastei.

Ó, os anos que se seguem não foram lá muito bons, mas eu lembro até hoje do dia que liguei pra ela:

- Terminei com o filho dos infernos.
- Ahhhhhhhhhhhhhh que legal, você agora pode ser minha madrinha. (o que eu tinha recusado pra não criar problemas infernais)

Porque amiga que é amiga, não finge que ficou triste. Mas te aceita de volta de braços abertos. Mais do que ela, ele. Porque ele não tinha obrigação nenhuma de querer se aproximar. Ela tinha porque ela tem um pacto de catchup comigo, isso obriga a gente a fazer tudo pela outra. Ele não.
Mas ele aceitou.

E o que parecia tão errado, eu fui vendo que era tão normal. A vida é feita de escolhas e de tempo. Não era errado, porque eles realmente eram amigos, e eles realmente se gostavam, e eles realmente esperaram, até que nada impedisse e pudessem escolher ficar juntos.

E hoje sentada na mesa de um bar eu olhei os dois e vi porque não era errado.

Porque é amor.

7 comentários:

Renata Schmitd disse...

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! vaitomanucu vc me fazendo choras às 07:37!!!!! te odeio! (mentira)

M. disse...

nada que a máscara iluminadora nao resolva...
E eu sei que é mentira. afe.

T disse...

Quandi eu casá, ocêfaiz um pra mim cá di qui nem esse?

Pra issu, ocê tem qui tá junto di mim pasempre, nim toda as hora.

Onti vc num tava, mais depois ti conto e ocê guarda na caxola (não disse caixote).

Parabénsa Renata!!!
Q a felicidade desse dia esteja presente em todos os outros (menos a M. chapada)

M. disse...

Decreto nº 139733 - A partir dessa data M. não bebe mais.

Anônimo disse...

Quem aprovou este decreto?

P. disse...

oooonhh
oq eu não chorei no casamento, eu chorei agoooora

Gabriela Galvão disse...

Q liiindo!!!