Faço Questão

A noite tá meio fria. Sempre faz um pouco de frio à noite no meu quarto, o que acho particurlamente bom, pq amo a noite e amo o frio, e amo algodão doce - o que não tem no meu quarto, mas mesmo assim eu gosto dele. Enfim...isso é só uma observação...

Hoje me disseram "você tem que parar de viver pros outros e viver pra você" e fiquei pensando nisso.... Mas não gostei muito de pensar nisso não, eu confesso. Cheguei a conclusão de que sou uma besta, que consegue ser enganadada da mesma forma por duas pessoas diferentes, 3 vezes pela mesma pessoa e 3 anos por uma pessoa que sequer sabia meu sobrenome ou o dia do meu aniversário.

É, não é um curriculo muito animador, e eu já devia ter aprendido.

Mas será que eu nao aprendi nada, mesmo?

Será que eu sou tão doente que em tempos de "nao quero me envolver" acreditar que ficar em casa, vendo um filme debaixo do edredon é a melhor coisa a se fazer num domingo?

Acreditar que esperar ele chegar em casa e fazer o jantar pode ser um programa delicioso....

Que deixar de brigar por causa da toalha em cima da cama é a melhor coisa a se fazer? Que pendurar ela ao invés de encher o saco do cara é muito mais inteligente...

Ai me disseram que sou resignada, que não me imponho...

Lá vou eu pensar de novo...

E fico na dúvida, se sou ou se não sou... Mas eu prefiro me definir como uma "acreditadora". Eu acredito e pronto. Pq o dia que eu não acreditar mais não fico junto.

E aproveitando esses pensamentos vou analisando o unico relacionamento substancial que tive, e percebo. Eu sou na verdade, sou uma besta "acreditadora". Em 5 anos eu não consegui lembrar de uma vez sequer que brigamos por algum motivo meu. Eu ter ficado brava, eu não ter aprovado algo, eu ter tido crise de ciúmes (Bem, uma vez eu subi nas tamancas quando, de cima do Corcovado, liguei pra ele e ele disse que uma menina que ele conheceu pela internet foi na casa dele almoçar, nem eu, com minha "acreditandice" toda, consegui engolir essa).

Meu primeiro namorado disse uma vez q não ia me ver pq eu não insistia e ele queria ver se eu queria mesmo que ele fosse. Ok, ele era uma besta, mas sério, ele só disse o que muitos pensam. "ah, hoje não vai dar pra ir"... Se ele esperava um "ahhhh amor vem..." acabava se contentando com um "ok, vou sair com minhas amigas então", e nessa o namoro durou 6 meses...Muito, inclusive.

Mas eu sou assim, quem está do meu lado, está porque quer. Eu nunca obriguei ninguém a ficar comigo, e se está ali é pq eu tenho alguma coisa de legal, e o dia que não tiver, ele vai embora. Não adianta ter ciúmes, ele vai embora de qualquer jeito, quer você queira, quer não.

Eu sou do tipo de mulher que vê uma mulher bunduda e fala, po amor ó lá!... Bem, ele vai olhar de qualquer maneira, prefiro que ele comente comigo o que achou. E não tenho a ilusão de que o meu pandeiro é o mais bonito do planeta. Se ele diz: "Vou sair com meus amigos". Ok. Amanhã a gente se fala. Adianta dizer não? Conheço tanta gente que acha que tem o outro sob seu dominio, mas a gente sabe, quando a gente quer, a gente faz. Só peço que, se for me enganar, que seja inteligente, e não me subestime.

E a cada coisa que ia pensando ia me achando mais idiota...

Até que encontrei o blog de um amigo da minha leoa, (http://champ-vinyl.blogspot.com/2009/09/com-amor-rob.html) onde ele se define como um "aleijado emocional" e super me identifiquei...

Quando li "(...)toda vez que eu amo, é para sempre. Eu não molho os pés para ver a temperatura da água, eu mergulho, porque faço questão de me molhar inteiro.", eu parei no "faço questão".

É isso.

Fazer questão de acreditar no para sempre, de mergulhar, mesmo que seja numa poça d'água, e mais uma vez, quebrar a cabeça. Porque eu faço questão, não só de mergulhar, como precisa ser de cabeça.

O mundo é que é louco de gostar de não se envolver, de querer alguém para não gostar, de iludir por prazer, de ter medo de ser feliz...

E eu?

Bem... Eu só faço questão.

Sempre.