sábado, 19 de setembro de 2009

Eu não sei.

Porque eu acredito eu não sei....
Não sei porque acredito quando você fala que é medo, quando você diz que "é, é tudo isso que você tá pensando e eu não to preparado pra isso", quando você deixa escapar pequenas coisas que mostram que ainda me sabe.
É imcompativel com os fatos, mas de uma certa maneira faz sentido. E eu to me decidindo se preferia o seu não querer, ou esse suposto medo de querer demais.
Queria que você não atendesse e que não dissesse "estou aí em 10 minutos". Porque, de fato, é mais facil odiar uma pessoa que não é atenciosa. É mais facil esquecer se o perfume não fica mesmo quando você vai embora. É mais facil deixar-se levar pelas coisas que eu crio na minha cabeça por conta dessa infindável mania de querer saber de tudo, se você não destrói tudo isso com um "eu sinto sua falta". (Mania sua, reafirmar sempre o que uma vez eu disse: "my stupid mouth" foi feita pra você. Fato, consumado.)
Mas sabe de uma coisa? hoje eu fui a que falei demais, e precisava falar. Gritar: E U N A O S O U F O R T E. Sou super fraquinha. Posso parecer super independente por morar sozinha, pagar minhas contas, dizer o que eu tenho pra dizer, não levar desaforo para casa e por sorrir quando devo chorar, mas ninguém, ou quase ninguém, sabe o porque disso tudo. O porque de eu estar aqui, numa casa onde só tenho um edredon (e uma absolut) e não comendo a comidinha da mamãe, com a roupa passada e a louça lavada, o porque de eu estar aqui feliz em finalmente fazer compra de mês e voltar a ser obssessiva com alimentos que devem ser congelados em porções individuais e multiplas de 2 (dessa vez, só para mim), o porque de eu estampar esse sorriso com o mundo desabando ao meu redor.
Estar em casa seria fácil, mas nada é facil pra mim (ok, são sim, muitas coisas são bem fáceis pra mim, mas eu sofro muito tb, posso?). Eu vou e tento, sempre. SEMPRE. Apanho e volto e ouço "deveria ser pra sempre", é pai, eu tb achei, na verdade acreditei veementemente nisso, e por isso eu fui...Mas da proxima vez, vai ser, prometo. Beijo-vou-morar-no-outro-quarteirão. Deixei de amar? não, só tive que criar uma nova maneira pra que aquilo desse certo. E é essa é a minha especialidade: tentar. Um dia dá certo.
Chorar afastaria o mundo, e eu não tenho tanto mundo assim pra deixar ele de lado e me suportar sozinha.
Eu abro uns parenteses sinistros que até eu me perco no que eu to pensando, mas enfim...
Resolvi falar, mesmo, não sou forte, não te odeio, não quero que vc morra. Na verdade to aqui nesse limbo entre o ficar longe e ser ruim e querer falar, sobre todas as coisas que a gente sempre falou, conversar sobre F-1, sobre o jogo da Inter x Barcelona (jogo muito ruim por sinal "Messi - Daniel Alves - Ibrahimovic - Messi"), levar esporro por eu comer tão mal, tomar café demais e ver você lembrar que meu suco de maracujá é com muito açucar ( o bom e velho "qdo vc achar que ta bom, põe mais 2 colheres"). Ou só falar, pra passar o dia, porque falar, convenhamos, é uma das coisas que fazemos de melhor...Maria Eduarda e Pedro (que não é Pedro Henrique), poderiam comprovar.
Martha Medeiros diz "Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer."
Mas como eu disse, eu quero saber, mania besta.
E queria que soubesse tb...Pq era uma coisa muito ruim, uma raiva de mim, uma coisa que não desgrudava, e você não tinha culpa. É pior, viu? quando o outro não tem culpa...
Ficar longe doeu mais que o ficar perto demais, embora os dois doam.
Amanhã pode ser que doa mais, mas hoje foi essencial pra eu conseguir ao menos respirar...
Um abraço e saber que "this too shall pass" é reconfortante. Era o que eu precisava, e não me arrependo, de uma vez na vida, ter dito: preciso. Tem alguma lógica? acho que não, assim como eu nunca tive tb...
Mas mesmo assim, obrigada por ter vindo.
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"We'll always have Paris. We didn't have, we, we lost it until you came to Casablanca. We got it back last night. "
Whatever it means, and you know what it mean.
(Ouvindo: Say Goodbye - DMB)

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