quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Incompletamente Feliz

Eu já escrevi uma vez, no blog rosa, que felicidade nem sempre tem como explicar. E quando não tem, aí sim, é daquelas boas de sentir.

E hoje eu acordei assim. Feliz. Sem saber explicar. Até porque explicar alguma coisa às 8 da manhã é tarefa complicada pra essa pessoinha aqui. Simplesmente abri os olhos e vi o mundo embaçadamente feliz.

Ontem, já deitada, percebi que preenchi o espaço vazio que sobra ao meu lado na cama com livros, almofadas, pelúcias e roupas, na esperança de preencher outro vazio. E isso agora está me incomodando. Fiquei olhando aquilo e perguntando como eu consegui a proeza de vinte livros, uma biblia, mil almofadas e um monte de roupas me dizendo: nós não deveríamos estar aqui... Num ímpeto de loucura joguei tudo no chão (menos os livros) e tentei dormir, pela primeira vez esparramada na minha própria cama.

Não sei porque, sempre tive o hábito de, mesmo sozinha, ocupar apenas o lado direito da minha cama, que é de casal. Talvez eu simplesmente não precise de tanto espaço assim.

Mas tive insônia, e só consegui dormir quando voltei, pro meu lado. Direito. E percebi que às vezes o espaço precisa mesmo ficar ali, ao meu lado para que eu consiga dormir em paz, com o vazio. E completa com ele. Ou incompletamente feliz.

E sem saber porquê.

Só concordo que cada volta é um recomeço. Nem que seja apenas voltar ao lado direito da cama, sem medo de deixar o esquerdo ali, vazio, a me ninar.



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